Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO pertence...
Descrever o novo consumidor, sob a dimensão do marketing é relativamente fácil, basta buscar uma pesquisa bibliográfica mínima. São homens e mulheres de qualquer idade, com mentalidades independentes, individualistas, com maior grau de informação e que ambicionam obter, por meio de suas aquisições, a sensação de autenticidade, de exclusividade.
Este conceito vai além da aquisição. Comprando produtos com a imagem de socialmente justos e ambientalmente responsáveis, os consumidores desejam ser percebidos desta forma dentro da sociedade em que vivem.
Desejam fazer da sua atitude de consumo, um gesto que seja percebido como de engajamento nos princípios de eficiência econômica, preservação ambiental e equidade social que caracterizam os princípios da sustentabilidade.
Essas mudanças vêm acontecendo desde o final da década de 60 e são o tema central de “A Alma do Novo Consumidor", um livro de David Lewis e Darren Bridges. Este novo consumidor valoriza aspectos mais subjetivos nos produtos e a informação subliminar que a aquisição do produto transmite aos demais membros da comunidade. Compreender os fatores que o motivam pode significar o futuro de uma empresa e do seu trabalho.
No caso ambiental isto é bem claro. A nítida ênfase das propagandas das organizações financeiras, setor mais pujante e lucrativo da atual economia não deixam dúvidas. Todas as instituições, em maior ou menor grau, optam por uma estratégia de comunicação que valoriza a responsabilidade sócio-ambiental em suas mídias.
Como se não bastasse a diversidade de produtos nas prateleiras, multiplica-se a isto a diversidade de conceitos que cada um deles transmite. Os bancos mostram claramente que a opção pela responsabilidade sócio-econômica veio para ficar. Algumas empresas de petróleo e fabricantes de automóveis mais ousados também aderiram a esta comunicação. [...] Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas.
Assistir a estratégia de comunicação destes grupos, nos variados tipos de mídia não deixa dúvidas.
O livro de Lewis e Bridges (A Alma do Novo Consumidor) desvenda, ainda, as estratégias dos cool hunters, aqueles que “adivinham" as tendências de consumo, ou seja, os denominados conhecedores.
Este grupo influencia o consumidor por estar “próximo" a ele, ainda que sejam celebridades. A tradicional propaganda boca a boca continua existindo e sendo imposta e, atualmente, versão high tech, se vale muito da internet para impulsionar ou jogar um produto na lama. São eles, muitas vezes, os responsáveis pela formação de um novo mercado consumidor.
Dentro deste contexto, a adoção dos novos valores, que sejam eticamente comprometidos, socialmente justos e ambientalmente responsáveis, ganham uma dimensão nunca imaginada, pois além da influência pessoal, existe a poderosa ferramenta da internet, ainda não bem dimensionada, que faz uma grande diferença.
A internet é particularmente relevante nas faixas de consumo mais elevadas e no público com acesso a rede, que cresce em proporção logarítmica dentro da sociedade.
Portanto não esquecer ou negligenciar o novo consumidor, cujas características são bem conhecidas e no qual as influências éticas, sociais e ambientais são claras, já existe, não é só de alta renda como argumentam os simplórios e não pode ser manipulado pela primariedade de mídias descomprometidas.
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do Corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
(Disponível em: http://www.ecodebate.com.br/2014/12/04/o-novo-consumidor-engajado-artigo-de roberto-naime/.)
Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão proposta, que envolve a identificação de classes gramaticais no fragmento fornecido. O objetivo é encontrar o termo que NÃO pertence à mesma classe dos demais.
Para isso, precisamos entender as classes gramaticais básicas. Nesta questão, estamos lidando com substantivos e adjetivos. Um substantivo é uma palavra que nomeia seres, objetos, lugares, entre outros, enquanto um adjetivo qualifica um substantivo.
Alternativa A: “... nítida ênfase...” - A palavra nítida é um adjetivo, pois está qualificando o substantivo "ênfase".
Alternativa B: “... variados tipos...” - A palavra tipos é um substantivo, pois nomeia uma categoria de elementos.
Alternativa C: “... equidade social...” - A palavra equidade é um substantivo, nomeando uma qualidade ou conceito.
Alternativa D: “... novo consumidor...” - A palavra consumidor é um substantivo, referindo-se a uma pessoa que consome produtos.
Alternativa E: “... eficiência econômica...” - A palavra eficiência é um substantivo, pois designa uma qualidade ou estado de ser eficiente.
A única palavra que não é um substantivo é nítida, que é um adjetivo. Por isso, a alternativa A é a correta, pois nítida se diferencia das outras palavras que são todas substantivos.
As demais alternativas (B, C, D e E) são compostas por termos que são todos substantivos, justificando que a discordante é de fato a alternativa A.
Esta análise nos mostra a importância de entender as classes gramaticais para interpretar e resolver questões de forma eficiente.
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Comentários
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Gab A. O restante é substantivo!
Gabarito A ✔️
Bizu que aprendi no Qc (colega, Matheus Oliveira) ,para diferenciar adjetivo de substantivo > Colocar o TÃO antes da palavra , se fizer sentido é adjetivo , se não é substantivo .
“... nítida ênfase...” (5º§)
TÃO nítida > Adjetivo
“... variados tipos...” (7º§)
“... equidade social...” (3º§)
“... novo consumidor...” (1º§)
“... eficiência econômica...” (3º§)
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