Os vocábulos (destacados no texto) imprevisível, realidade ...

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Estoicismo

Imagine o seguinte: você tem uma vida ótima, a família vai bem, seu trabalho é promissor. Mas por um erro, azar ou circunstância, tudo muda. Você perde alguém, sofre um acidente, é diagnosticado com uma doença grave, ou qualquer outra coisa ruim. Bem ruim. Seu futuro, que parecia claro e tranquilo, desaparece; resta apenas a sensação de que, daqui em diante, tudo será incerto e angustiante. Parece plausível, não? Reviravoltas assim podem acontecer qualquer dia, com qualquer pessoa.

Há cerca de 2.400 anos, um comerciante também ficou confuso e sem ação. Seu navio afundou, ele perdeu uma carga extremamente valiosa juntamente com o rumo de sua vida. Começou a procurar saídas na filosofia de Atenas. E então se tornou, ele próprio, um dos maiores pensadores de seu tempo: estamos falando de Zenão de Cítio ( 333 – 263 a. C. ), o fundador do estoicismo.

Os problemas de hoje parecem, e são, diferentes daqueles de quem vivia na Grécia Antiga. Mas sua essência é a mesma: coisas imprevisíveis, sobre as quais não temos nenhum poder, acontecem. Para os estóicos, o segredo para viver bem era não se preocupar com elas. E, ao mesmo tempo, tentar controlar outra coisa: as próprias reações diante do inesperado. O estoicismo voltou à moda pois preza pelo autocontrole e pela autossuficiência diante de uma realidade caótica e aleatória.

De 2019 para cá, as buscas por estoicismo no Google cresceram 330%, tornando-o um conceito muito popular. Mas por quê? E por que agora? O estoicismo tem uma marca muito forte de dar caminhos para as intempéries da vida, de ajudar a lidar com o desastre e a possibilidade de que problemas vão acontecer.

Os últimos anos estiveram cheios de desastres e ameaças: pandemia, eventos climáticos extremos, guerras, o rápido avanço da IA ( Inteligência Artificial ), enfim, incertezas de todo tipo. São coisas que a sociedade pode e precisa enfrentar – mas que cada indivíduo sozinho, não consegue controlar. E um dos pilares do estoicismo é justamente abdicar da ideia de controle sobre os acontecimentos. É essencial agir sobre o que você pode controlar, e não ficar remoendo o que não pode. Esse conjunto de ideias é o grande diferencial filosófico do estoicismo – e sua principal arma para a vida cotidiana.

SUPER interessante, Editora Abril, S.P., edição no 461, ano 38. Adaptado
Os vocábulos (destacados no texto) imprevisível, realidade e conceito são formados respectivamente por derivação:
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Letra D

Imprevisível é formada pela adição do prefixo "im-" + o sufixo "ível". Portanto, "imprevisível" é formada por derivação parassintética, onde ocorre a adição simultânea de um prefixo e um sufixo ao radical.

Realidade é formada pela adição do sufixo "-dade" ao adjetivo "real"."-dade" é um sufixo que forma substantivos abstratos a partir de adjetivos. Portanto, "realidade" é formada por derivação sufixal.

Conceito não é formado por derivação, mas sim por derivação regressiva, onde um substantivo é formado pela redução de um verbo. A palavra "conceito" vem do verbo "conceituar". Portanto, "conceito" é formada por derivação regressiva.

A palavra "imprevisível" é classificada como derivada por prefixação e sufixação, o que a torna uma palavra parasintética. A parasíntese ocorre quando um termo é formado simultaneamente pela adição de um prefixo e um sufixo, de forma que a remoção de qualquer um deles resulta em uma palavra inexistente ou sem sentido no idioma.

No caso de "imprevisível":

  • Prefixo: "im-" (negação)
  • Radical: "previs" (do verbo prever)
  • Sufixo: "-ível" (que indica capacidade ou possibilidade)

Se retirarmos o prefixo "im-", ficamos com "previsível", que tem sentido; porém, se retirarmos o sufixo "-ível", ficamos com "imprevis", que não é uma palavra existente em português. Assim, a palavra "imprevisível" é formada pela adição simultânea de um prefixo e um sufixo, caracterizando-se como uma palavra parasintética.

FONTE: ChatGPT

Pegadinha boa essa ein

Aprendi nas aulas da Flávia Rita que a parassíntese não admite a existência de nenhuma das formas isoladas. Caso admita, mesmo que apenas uma, ela será classificada como prefixal e sufixal. Nesse raciocínio, a palavra "imprevisível" não seria parassintética, já que existe previsível. Alguém?

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