A sociedade necessita manter-se à distância dos seus próprio...

Alternativa Correta: E - Proporcionar um espaço terapêutico aos cuidadores, para que estabeleçam com clareza os limites frente ao envolvimento e o distanciamento na relação com os abrigados.

A questão aborda um tema crucial na Psicologia Jurídica, relacionado ao cuidado de crianças e adolescentes em situação de abrigamento. Este cenário exige especial atenção à questão das relações afetivas e ao papel dos cuidadores no desenvolvimento saudável dos abrigados.

A alternativa E é a correta porque destaca a importância de um espaço terapêutico para os cuidadores. Esse espaço é essencial para que eles possam compreender e equilibrar as dinâmicas de envolvimento e distanciamento emocional com as crianças e adolescentes. Ter essa clareza ajuda a evitar tanto a frieza e o distanciamento excessivo quanto a sobrecarga emocional, garantindo um ambiente de cuidado mais eficaz e saudável.

Vamos analisar por que as outras alternativas são incorretas:

A - Proibir que a internação seja vista como um recurso terapêutico. Essa alternativa está incorreta pois a internação não deve ser vista apenas de forma negativa. Ela pode, sim, ser um recurso terapêutico desde que bem conduzida, respeitando a individualidade e necessidades dos abrigados.

B - Evitar situações que proporcionem catarse. Esta alternativa é inadequada, pois a catarse pode ser um mecanismo importante para lidar com as emoções reprimidas. Evitar discussões sobre as angústias pode resultar em mais problemas emocionais, ao invés de ajudar na resolução dos mesmos.

C - Estimular que os próprios cuidadores adotem os abrigados. Embora pareça uma solução, é impraticável e não realista, pois os cuidadores precisam manter um papel profissional, e a adoção poderia comprometer o equilíbrio necessário para desempenhar suas funções de forma efetiva.

D - Minimizar qualquer tentativa de vinculação afetiva. A vinculação afetiva é, na verdade, um elemento crucial para o desenvolvimento emocional e psicológico saudável. Negar isso como um objetivo pode ser prejudicial para o bem-estar e a recuperação dos abrigados.

Portanto, é essencial compreender a complexidade das relações em ambientes de abrigamento e promover práticas que beneficiem tanto os cuidadores quanto os abrigados, respeitando seus limites e necessidades.

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proporcionar um espaço terapêutico aos cuidadores, para que estabeleçam com clareza os limites frente ao envolvimento e o distanciamento na relação com os abrigados.