Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendim...

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Q931086 Português

                     Pensamento crítico de José Saramago


      Brilhante provocador intelectual, consciência insatisfeita, duro polemista e detonador de conformismos, além de refinado analista e observador atento de seu tempo, o escritor português José Saramago assumiu, com visível energia a partir da década de 1990, a função crítica do homem de cultura envolvido pelo pulsar de seu tempo. Concernido pelo mundo e pela natureza do ser humano, empreendeu a tarefa de desestabilizar, mediante o questionamento, uma realidade social que julgou opaca, confusa e injusta.

      Saramago destacava “a necessidade de abrir os olhos” e, como Aristóteles, apegava-se à obrigação de elevar o julgamento ao nível da maior lucidez possível. Essa busca exigente das facetas ocultas da verdade – “as verdades únicas não existem: as verdades são múltiplas, só a mentira é global”, garante – o conduziria a explorar o outro lado do visível, circulando por caminhos que escapavam ao costume. Tratava-se, em resumo, de procurar enxergar com clareza, para o que se tornava iniludível a tarefa de revelar e resgatar as omissões. Iluminar e desentranhar o real constituía uma aspiração central de seu pensamento.

      Com base nesses pressupostos, enfrentou o que chamava pensamento único – ou pensamento zero, como também o qualificava – opondo-lhe a resistência de uma autêntica barricada moral e intelectual. Suas visões alternativas foram expressas com a clareza e a autonomia de um livre-pensador que reage contra as deformações dos mitos e as limitações das versões oficiais. Praticou, como o filósofo francês Voltaire, a dúvida sistemática, reagindo com firmeza à indolência da frase que diz “sábio é aquele que se contenta com o espetáculo do mundo”, defendida pelo poeta Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa.

(Comentário sem indicação autoral ao livro As palavras de Saramago. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 453-454) 

Há ocorrência de forma verbal na voz passiva e pleno atendimento às normas de concordância na frase:
Alternativas

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Gab.

 

E) Enquanto não se fazem as análises ...

 

=> SE (Part. apassivadora) + VTD (fazem) + Suj. é OD (as análises) 

(voz passiva sintética)

 

voz passiva =>  quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo

                     

Pra saber se está na passiva sintética :

 

1º -> olha se o verbo é VTD ou VTDI na 3ª do sing. ou plural.

2º -> olha se o pronome ''se'' é particula apassivadora

3º-> olha se o sujeito é o objeto direto do verbo.

 

Q930826 parecida que a colega Queh comentou e meus créditos a ela.

 

Bons estudos.

Esse foi meu raciocínio:

a)A dúvida sistemática a que se entregou Saramago em seus textos mais maduros parecem derivar de suas leituras de Voltaire. 

Saramago se entregou à dúvida sistemática. VOZ REFLEXIVA (entregou a si mesmo).

 b)A poucas pessoas costumam ocorrer que os dados da realidade vivem muito mais de uma aparência de verdade por trás da qual se oculta a verdade efetiva. 
A poucas pessoas costuma ocorrer... (Concordância)

 c)Assim como Aristóteles se empenhava na clareza do pensamento, assim também sucedem aos grandes escritores espelhar-se na filosofia clássica. 
Aprendi que Voz Passiva acontece quando há VTD ou VTDI. Então descartei a alternativa por ter "NA" após ambos os pronomes. Poís "em" é preposição e "em+a" = "na". E como, na voz passiva sintética, pronome apassivador antecede o sujeito paciente e esse não pode vir preposicionado, descartei a alternativa. 

Ou seja, ao ler uma alternativa que venha a ser uma possível Voz Passiva Sintética, eu já observo se há concordância verbal e se o sujeito paciente está ou não preposicionado.

Deixo claro que não li sobre esse raciocínio em lugar nenhum, mas é assim que eu tenho analisado as questões. Se alguém souber de uma regra que torne essa análise incorreta, me avise por favor.

 d)Em mais de um texto Saramago defendeu a ideia de que a História não é mais que uma narrativa parcial, uma vez que faltariam aos fatos a versão dos derrotados. 

Saramago defendeu a ideia. ​Voz ativa. 

 e)Enquanto não se fazem as análises possíveis de um acontecimento, é importante que se desconfie das omissões e lacunas de quem o registra. GAB

Enquanto análises não são feitas. 

d)  uma vez que faltariam aos fatos a versão dos derrotados. 

 

ORDEM DIRETA

uma vez que a versão dos derrotados FALTARIA aos fatos 

a) A dúvida sistemática a que se entregou Saramago em seus textos mais maduros parecem derivar de suas leituras de Voltaire. 

A dúvida parece derivar de suas leituras de Voltaire.

 

b) A poucas pessoas costumam ocorrer que os dados da realidade vivem muito mais de uma aparência de verdade por trás da qual se oculta a verdade efetiva. 

Costuma ocorrer a poucas pessoas que os dados...

 

c) Assim como Aristóteles se empenhava na clareza do pensamento, assim também sucedem aos grandes escritores espelhar-se na filosofia clássica. 

Sucede aos grandes escritores espelhar-se...

 

d) Em mais de um texto Saramago defendeu a ideia de que a História não é mais que uma narrativa parcial, uma vez que faltariam aos fatos a versão dos derrotados. 

A versão dos derrotados faltaria aos fatos...

 

e) Enquanto não se fazem as análises possíveis de um acontecimento, é importante que se desconfie das omissões e lacunas de quem o registra. 

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