Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos infe...
Temos o direito a ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito a ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza.
A frase acima, quando aplicada ao fazer escolar, alerta os educadores para a necessidade de
a) praticar uma igualdade que reconheça as diferenças de modo que não produzam, alimentem ou reproduzam as desigualdades. (CORRETO)
b) normas escolares que definam o que é igualdade e quais diferenças são aceitáveis para tratar a todos do mesmo jeito, sem discriminação. (ERRADO)
c) a escola tratar de modos distintos os desiguais, segundo suas capacidades, tendo em vista reduzir as diferenças que os inferiorizam. (ERRADO)
d) adaptar-se aos diferentes, desenvolvendo modelos alternativos de educação escolar para atender aos menos inteligentes. (ERRADO)
e) homogeneizar o público atendido em termos de capacidade intelectual, destreza física e capacidade socioemocional para aprender a ser, a fazer e a conviver. (ERRADO)
A alternativa correta é a A, que afirma a necessidade de praticar uma igualdade que reconheça as diferenças de modo que não produzam, alimentem ou reproduzam as desigualdades.
Essa questão nos leva a refletir sobre uma das bases da pedagogia contemporânea: a equidade. A equidade é um princípio que busca assegurar que cada pessoa receba o atendimento às suas necessidades, o que implica um tratamento justo que pode não ser necessariamente igualitário. Em outras palavras, trata-se de fornecer mais recursos para quem precisa mais.
O ensino pautado na equidade é aquele que se atenta para as diferenças individuais dos estudantes, sejam elas sociais, culturais, cognitivas, emocionais ou físicas. A frase inicial da questão sublinha o direito de ser tratado igualmente em situações onde as diferenças possam ser depreciativas, mas também destaca o direito de manter as diferenças individuais em contextos onde a busca por igualdade possa descaracterizar o indivíduo.
O educador, ao aplicar essa filosofia em sala de aula, busca desenvolver estratégias que favoreçam a inclusão e a aprendizagem de todos os alunos, reconhecendo que cada um tem um ritmo e uma forma de aprender distintos. A adoção de práticas que valorizem a diversidade e que não perpetuem ciclos de desigualdade é fundamental para um ambiente escolar que se propõe a ser verdadeiramente inclusivo e democrático.
A alternativa A está correta porque encapsula a essência dessa abordagem educacional. Ela sugere a necessidade de uma prática pedagógica que seja igualitária no reconhecimento das diferenças e que evite a produção ou manutenção de desigualdades, ou seja, uma prática que seja justa e personalizada segundo as necessidades de cada estudante.