Os bloqueadores neuromusculares foram introduzidos na prátic...
Os bloqueadores neuromusculares foram introduzidos na prática clínica em 1942, durante a realização de uma apendicectomia no hospital homeopático de Montreal. Na época, utilizaram um extrato purificado de curare, que mais tarde originaria a D-tubocurarina, revolucionando a prática da anestesia. Para muitos anestesistas, o curare representou um dos mais importantes avanços da anestesiologia.
Sobre os bloqueadores neuromusculares e tipos de bloqueio neuromuscular, assinale a alternativa incorreta.
Gabarito comentado
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A alternativa B é a incorreta, conforme solicitado na questão.
Vamos analisar as alternativas para entender o porquê:
A - A alternativa menciona a farmacocinética dos bloqueadores neuromusculares obedecendo ao modelo tricompartimental, que é uma descrição adequada. Esse modelo considera um compartimento central (principalmente o plasma) e dois periféricos (tecidos e órgãos), o que é uma abordagem comum para distribuição de fármacos no organismo. Portanto, essa alternativa está correta.
B - A alternativa afirma que os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio secundário e têm estrutura similar a fármacos simpatomiméticos. Isso está incorreto porque, na verdade, eles são geralmente compostos de amônio quaternário, o que confere a eles propriedades distintas de polaridade e solubilidade. Além disso, sua estrutura não é similar à dos fármacos simpatomiméticos, que geralmente são catecolaminas ou análogos.
C - Aqui, é mencionado que o bloqueio adespolarizante é competitivo e ocorre pela ligação de fármacos em receptores colinérgicos. Isso está correto, pois os bloqueadores adespolarizantes, como a D-tubocurarina, competem com a acetilcolina pelos receptores nicotínicos na junção neuromuscular.
D - A alternativa fala sobre a succinilcolina, identificando-a como um bloqueador despolarizante, o que está correto. A succinilcolina causa despolarização prolongada da placa motora, resultando em paralisia muscular.
E - A D-Tubocurarina é corretamente identificada como um bloqueador adespolarizante de longa duração. Ela atua como um antagonista competitivo nos receptores nicotínicos da placa motora.
Portanto, a alternativa que não condiz com o conhecimento científico dos bloqueadores neuromusculares é a B.
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