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Q2816916 Medicina

Os bloqueadores neuromusculares foram introduzidos na prática clínica em 1942, durante a realização de uma apendicectomia no hospital homeopático de Montreal. Na época, utilizaram um extrato purificado de curare, que mais tarde originaria a D-tubocurarina, revolucionando a prática da anestesia. Para muitos anestesistas, o curare representou um dos mais importantes avanços da anestesiologia.


Sobre os bloqueadores neuromusculares e tipos de bloqueio neuromuscular, assinale a alternativa incorreta.

Alternativas

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A alternativa B é a incorreta, conforme solicitado na questão.

Vamos analisar as alternativas para entender o porquê:

A - A alternativa menciona a farmacocinética dos bloqueadores neuromusculares obedecendo ao modelo tricompartimental, que é uma descrição adequada. Esse modelo considera um compartimento central (principalmente o plasma) e dois periféricos (tecidos e órgãos), o que é uma abordagem comum para distribuição de fármacos no organismo. Portanto, essa alternativa está correta.

B - A alternativa afirma que os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio secundário e têm estrutura similar a fármacos simpatomiméticos. Isso está incorreto porque, na verdade, eles são geralmente compostos de amônio quaternário, o que confere a eles propriedades distintas de polaridade e solubilidade. Além disso, sua estrutura não é similar à dos fármacos simpatomiméticos, que geralmente são catecolaminas ou análogos.

C - Aqui, é mencionado que o bloqueio adespolarizante é competitivo e ocorre pela ligação de fármacos em receptores colinérgicos. Isso está correto, pois os bloqueadores adespolarizantes, como a D-tubocurarina, competem com a acetilcolina pelos receptores nicotínicos na junção neuromuscular.

D - A alternativa fala sobre a succinilcolina, identificando-a como um bloqueador despolarizante, o que está correto. A succinilcolina causa despolarização prolongada da placa motora, resultando em paralisia muscular.

E - A D-Tubocurarina é corretamente identificada como um bloqueador adespolarizante de longa duração. Ela atua como um antagonista competitivo nos receptores nicotínicos da placa motora.

Portanto, a alternativa que não condiz com o conhecimento científico dos bloqueadores neuromusculares é a B.

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ALTERNATIVA INCORRETA: B Os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio secundário que apresentam uma estrutura similar a fármacos simpatomiméticos.

JUSTIFICATIVA:

A alternativa B é incorreta porque os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio quaternário, e não de amônio secundário. Essa estrutura química é crucial para sua ação, pois facilita a ligação com os receptores colinérgicos na junção neuromuscular. Além disso, eles não apresentam semelhança estrutural com os fármacos simpatomiméticos, sendo especificamente projetados para mimetizar a acetilcolina.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS CORRETAS:

[A]: Correta. A farmacocinética dos bloqueadores neuromusculares segue o modelo tricompartimental, com um compartimento central (plasma) e dois compartimentos periféricos (tecidos).

[C]: Correta. O bloqueio adespolarizante é competitivo, ocorrendo quando o fármaco se liga aos receptores colinérgicos na placa motora, impedindo a ação da acetilcolina sem causar despolarização.

[D]: Correta. A succinilcolina é um bloqueador despolarizante, que atua promovendo uma despolarização sustentada na junção neuromuscular, impedindo a repolarização e causando relaxamento muscular.

[E]: Correta. A D-Tubocurarina é um bloqueador adespolarizante clássico, de longa duração, que atua como antagonista competitivo dos receptores nicotínicos na junção neuromuscular.

EM RESUMO:

A alternativa B é incorreta porque os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio quaternário, não apresentando similaridade estrutural com fármacos simpatomiméticos.

PONTOS CHAVE:

  • Bloqueadores neuromusculares são classificados em despolarizantes (ex.: succinilcolina) e adespolarizantes (ex.: D-tubocurarina).
  • A estrutura química dos bloqueadores neuromusculares é baseada em amônio quaternário, permitindo sua ligação aos receptores nicotínicos.
  • O bloqueio adespolarizante é competitivo, enquanto o bloqueio despolarizante causa despolarização sustentada na placa motora.

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