O autor dirige-se explicitamente a seu leitor no seguinte tr...
Atenção: Leia o texto “Liberdade e necessidade ao revés”, de Eduardo Giannetti, para responder às questões de números 6 a 12.
“Por meios honestos se você conseguir, mas por quaisquer meios faça dinheiro”, preconiza - prenhe de sarcasmo - o verso de Horácio. Desespero, precisão ou cobiça, dentro ou fora da lei: o dinheiro nos incita a fazer o que de outro modo não faríamos. Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna - um prêmio lotérico, uma indenização milionária, uma inesperada herança. Quem continuaria a fazer o que faz para ganhar a vida caso não fosse mais necessário fazê-lo? Estamos acostumados a considerar o trabalho como algo a que nos sujeitamos, mais ou menos a contragosto, para obter uma renda - como um sacrifício ou necessidade imposta de fora; ao passo que o consumo é tomado como a esfera por excelência da livre escolha: o território sagrado para o exercício da nossa liberdade individual. A possibilidade de satisfazer, ainda que parcialmente, nossos desejos e fantasias de consumo se afigura como a merecida recompensa - ou suborno, diriam outros - capaz de atenuar a frustração e aliviar o aborrecimento de ocupações que de outro modo não teríamos e não nos dizem respeito.
Daí que, na feliz expressão do jovem Marx, “o trabalhador só se sente ele mesmo quando não está trabalhando; quando ele está trabalhando, ele não se sente ele mesmo”. - Mas, se o mundo do trabalho está vedado às minhas escolhas e modo de ser; onde poderei expressar a minha individualidade? Impedido de ser quem sou no trabalho - escritório, chão de fábrica, call center, guichê, balcão -, extravaso a minha identidade no consumo - shopping, butique, salão, restaurante, showroom. Fonte de elã vital, o ritual da compra energiza e a posse ilumina a alma do consumidor. A compra de bens externos molda a identidade e acena com a promessa de distinção: ser notado, ser ouvido, ser tratado com simpatia, respeito e admiração pelos demais. Não o que faço, mas o que possuo - e, sobretudo, o que sonho algum dia ter - diz ao mundo quem sou. Servo impessoal no ganho, livre e soberano no gasto.
(Adaptado de: GIANNETTI, Eduardo. Trópicos utópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2016)
O autor dirige-se explicitamente a seu leitor no seguinte trecho:
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Comentários
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IMPERATIVO (presente)
supõe tu
suponha ele, ela, você
suponhamos nós
suponde vós
suponham eles, elas, vocês
Gab. C
ADENDO
Nesse tipo de questão procure a forma imperativa e se atire nela. Kakaka
O autor geralmente usa o imperativo para se dirigir diretamente ao leitor, como em comandos ou instruções. Mas ele também pode se dirigir ao leitor de outras formas, como fazendo sugestões ou perguntas.
"Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna," é uma forma do imperativo. Quando o autor usa "suponha", ele está fazendo uma sugestão direta ao leitor para imaginar algo. Isso é uma maneira de se dirigir explicitamente ao leitor.
Mais exemplos de formas imperativas cobradas em provas:
Faça, Leia, Veja, Imagine, Considere, Pense, Observe, Experimente, Descubra, Note..
O autor geralmente usa o imperativo para se dirigir diretamente ao leitor,como em comandos ou instruções. Mas ele também pode se dirigir ao leitor de outras formas, como fazendo sugestões ou perguntas.
"Suponha, entretanto, um súbito e imprevisto bafejo da fortuna," é uma forma do imperativo.Quando o autor usa "suponha", ele está fazendo uma sugestão direta ao leitor para imaginar algo.Isso é uma maneira de se dirigir explicitamente ao leitor.
Mais exemplos de formas imperativas cobradas em provas:
Faça, Leia, Veja, Imagine, Considere, Pense, Observe, Experimente, Descubra, Note..
Eu pensava que ficar explicito no texto é quando ele se referia a ele mesmo,marquei a A.
Mas o A quem tá falando é o narrador ao citar aos fatos,não se refere a ele mesmo.
Ficar explícito é ficar no imperativo,falar com quem tá lendo.
gabarito (C)
____
suponha
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