A respeito do álcool etílico, frequentemente consumido como...

Para compreender a questão sobre o álcool etílico, é importante ter em mente seu efeito no corpo humano, especialmente em relação ao sistema nervoso central e à sua distribuição no organismo.

A alternativa E é a correta. Esta alternativa destaca que quando o álcool é ingerido em doses iguais por homens e mulheres, ele tende a ser encontrado em maior concentração plasmática nas mulheres. Isso ocorre porque, em geral, as mulheres têm um menor volume sanguíneo e uma maior proporção de gordura corporal, o que resulta em uma menor diluição do álcool, tornando sua concentração no sangue mais alta.

Vamos agora entender por que as outras alternativas estão incorretas:

A - A afirmação de que o álcool age como antagonista competitivo de receptores GABAérgicos está errada. Na verdade, o álcool atua como um agonista nos receptores GABAérgicos, facilitando a ação inibitória do GABA, que tem um efeito depressivo no sistema nervoso central, não estimulante.

B - O álcool não é conhecido por agir como agonista dos receptores serotoninérgicos de forma significativa. Seu principal efeito é através do sistema GABAérgico e do glutamato.

C - Embora o álcool seja um antagonista de receptores de glutamato do tipo NMDA, a questão não pede a descrição completa deste efeito. Este efeito contribui para os efeitos depressores do álcool no sistema nervoso central, mas a alternativa correta aborda o efeito do álcool no contexto de diferenças sexuais.

D - O álcool não se liga de forma significativa à albumina plasmática. Ele circula livremente no sangue, o que não limita sua distribuição como seria esperado se fosse fortemente ligado a proteínas plasmáticas.

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 a) No sistema nervoso central, em baixas doses, age como antagonista competitivo de receptores GABAérgicos, gerando um efeito estimulante.

O álcool, indepentemente da dose administrada, tem efeito de AGONISTA de receptores GABA - que são receptores depressores do SNC. O efeito "estimulante" que o álcool promove principalmente no início da administração se dá devido à desinibição que ocorre com a ativação de receptores depressores, deixando assim a pessoa menos tímida, mais falante, etc.

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  b) No sistema nervoso central, age como agonista de receptores serotoninérgicos.

No sistema serotoninérgico, a ação do álcool é apenas de estimular a liberação de 5-HT nas fendas sinápticas, sem relação alguma com o receptor.

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  c) No sistema nervoso central, age como antagonista competitivo de receptores de glutamato do tipo NMDA.

O álcool promove uma diminuição de afinidade do glutamato com seu receptor NMDA devido a um antagonismo alostérico, visto que o alcool fosforila uma subunidade do receptor, alterando sua conformação. 

Já os receptores AMPA, também de glutamato e também excitatórios, não são afetados pelo álcool.

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  d) Fica fortemente ligado à albumina plasmática.

Não há relação entre álcool e proteínas plasmáticas.

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  e) Quando ingerido em doses iguais por homens e mulheres, costuma ser encontrado em concentração plasmática mais elevada em mulheres devido ao menor volume sanguíneo do corpo feminino.

O alcool é rapidamente absorvido pelo TGI e tem um volume de distribuição alto, porém este depende da quantidade de água corporal do indivíduo que ingere - que no caso das mulheres é menor do que dos homens. Além deste fatos, o homem tem mais enzimas desidrogenases do que a mulher, o que faz com que sua resistência seja menor.

Consteto!!!! O motivo é que a mulher produz menos ADH que os homens!!!

O motivo não é o volume sanguíneo, mas a metabolização que é mais rápida em homens devido a testosterona

As mulheres produzem quantidades menores de uma enzima chamada álcool desidrogenase (ADH), que é liberada pelo fígado e usada para metabolizar o álcool.

A gordura retém o álcool, enquanto a água ajuda a dispersá-lo. Então, graças a seus níveis naturalmente mais altos de gordura e mais baixos de água corporal, as mulheres apresentam uma resposta fisiológica ainda mais complicada ao álcool.

Fonte:https://portal.trt23.jus.br/trtnoticias/noticias/fique-sabendo-fique-por-dentro/17413