De acordo com as relações sintáticas estabelecidas no perío...

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Q1163635 Português

Comprar menos é melhor do que comprar “verde”

Estudo indica que consumir em menor quantidade pode

gerar efeitos mais positivos do que aderir à onda do

consumo de produtos ditos sustentáveis.


      O direito de comprar o que o dinheiro honestamente juntado permite é um dos bons e inegociáveis avanços do capitalismo – e, no entanto, de um tempo para cá, o exagerado consumismo foi levado ao tribunal do bom comportamento, e com doses de razão. Um estudo publicado no periódico inglês Young Consumers, de pesquisadores de marketing da Universidade do Arizona (EUA), fez barulho ao sugerir que consumir menos traz efeitos mais positivos para o ambiente e para cada indivíduo do que simplesmente substituir produtos por versões que, em teoria, seriam ecologicamente corretas.

      Os analistas se debruçaram em dois perfis de pessoas: aquelas com o hábito de reaproveitar bens, em vez de sair às compras; e os adeptos da aquisição de produtos “verdes”. De acordo com os pesquisadores, o primeiro grupo, menos afoito, apresentou índices mais altos de bem-estar pessoal, além de ter modo de vida pouco danoso para a natureza.

      O resultado da pesquisa bate de frente com uma indústria vigorosa. De acordo com a consultoria Nielsen, estima-se que 64% de lares dos Estados Unidos já compraram itens enquadrados como sustentáveis. Não há levantamento brasileiro, mas por aqui também é tendência forte. A consciência ambiental é sempre louvável. Mas convém ter cautela.

      Há alternativas conservacionistas que são vendidas como tal, mas que não se comprovam “verdes”. É o caso de canudinhos de metal, cuja fabricação demanda energia equivalente à usada para criar noventa modelos de plástico (ressalta-se: ainda é melhor que não se use canudo algum, muito menos os de plástico). Outro exemplo é o das “eco bags”. Para valerem do ponto de vista sustentável, seria necessário usar cada uma 104 vezes. Disse a VEJA Sabrina Helm, coordenadora do estudo da Universidade do Arizona: “Temos que ser conscientes, pensando no que é realmente útil para nossas vidas”. Soa simplório, mas é conselho bom e eficaz.

(Jennifer Ann Thomas, 28 out 2019. Disponível em: https://veja.abril.com.br/ciencia/comprar-menos-e-melhor-do-que-comprar-verde/.)

De acordo com as relações sintáticas estabelecidas no período “Estudo indica que consumir em menor quantidade pode gerar efeitos mais positivos do que aderir à onda do consumo de produtos ditos sustentáveis.”, pode-se afirmar que:
Alternativas

Comentários

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GABARITO: LETRA D

 “Estudo indica que consumir em menor quantidade pode gerar efeitos mais positivos do que aderir à onda do consumo de produtos ditos sustentáveis.”

 a) São exemplos de complementos verbais do mesmo tipo: “efeitos” e “onda” → incorreto, gerar efeitos (objeto direto, complemento sem preposição); aderir à onda (objeto indireto, complemento verbal preposicionado).
 b) O termo “Estudo” assim como o “que” destacado em “que consumir em menor quantidade” têm a função de sujeito da oração → incrreto, o termo "estudo" é o sujeito, já o "que" é uma conjunção subordinativa integrante e não possui função sintática.
 c) As expressões “em menor quantidade” e “mais positivos” indicam, igualmente, circunstâncias em relação às formas verbais a que se referem → incorreto, "mais positivos" (=valor de qualificação e intensidade. Advérbio de intensidade + adjetivo).
 d) A substituição de “aderir à onda do consumo de” por “consumir” alteraria o tipo de complemento verbal da oração: “do que aderir à onda do consumo de produtos ditos sustentáveis.” → correto, aderir à onda (aderir a algo: verbo transitivo indireto, é um verbo que pede um complemento preposicionado). Consumir produtos (consumir algo: verbo transitivo direto, é um verbo que pede um complemenyo sem preposição).

☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

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