Releia o trecho a seguir. “[...] a substância mostrou benef...
A força dos temperos
Composto vegetal presente na salsa, no tomilho e na pimenta-malagueta estimula a produção de neurônios por parte das células-tronco humanas, aponta pesquisa brasileira. O tratamento com a substância também melhoraria a qualidade de conexões cerebrais.
Para reverter a perda de neurônios e de sinapses – transmissões de pulsos nervosos de uma célula para outra – decorrentes de doenças degenerativas e psiquiátricas, pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade Federal da Bahia e do Instituto D’Or estão apostando em um composto vegetal chamado apigenina. Presente em alimentos como salsa, tomilho, pimenta-malagueta e camomila, a substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, mas sem o seu potencial cancerígeno.
A apigenina pertence ao grupo dos flavonoides, compostos fenólicos presentes em plantas e algas cujo consumo apresenta benefícios diversos. “Flavonoides vêm sendo usados por séculos para promover a saúde cardiovascular e também para prevenir câncer. Na medicina chinesa, por exemplo, o consumo de chá e a ingestão pela alimentação eram usados para prevenção de doenças”, nota a veterinária Cleide Souza, do Departamento de Ciências Biomédicas da UFRJ. Motivada pelo histórico da utilização dos flavonoides para promoção da saúde, a cientista testou o efeito da apigenina em células-tronco.
Em 2010, Souza constatou o efeito do flavonoide agathisflavona – um biflavonoide formado pela união de duas moléculas de apigenina – na potencialização da produção de neurônios em culturas de células de camundongos. Agora, demonstrou que a apigenina foi capaz de induzir a diferenciação neural de célulastronco pluripotentes humanas, mais especificamente as células-tronco embrionárias e de pluripotência induzida (iPS), capazes de se diferenciar em qualquer tipo de célula do organismo. “Este trabalho foi diferente do que vimos com a agathisflavona nas células de camundongo. Mostramos que a apigenina por si só foi capaz de induzir a diferenciação neural nestas células”, detalha a pesquisadora.
No experimento, as células tratadas com apigenina se transformaram especificamente em neurônios, o que não aconteceria sem a presença da substância. Além disso, foi observado que neurônios já diferenciados a partir de células-tronco embrionárias também se beneficiaram com a apigenina, uma vez que o tratamento desses neurônios com apigenina resultou no aumento do número de sinapses, quando comparadas aos neurônios não tratados. Os resultados foram publicados em dezembro de 2015 na revista Advances in Regenerative Biology.
PINHEIRO. Iara. A força dos temperos. Ciência Hoje.
Disponível em: <http://zip.net/bhsT3W>
Releia o trecho a seguir.
“[...] a substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, mas sem o seu potencial cancerígeno.”
Mantendo-se o sentido original do texto, a palavra destacada pode ser substituída das seguintes formas, EXCETO:
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Alternativa correta: D - portanto
A questão aborda a substituição da conjunção “mas” por outra que mantenha o sentido original do texto. Para resolvê-la, é necessário entender a relação semântica que a conjunção estabelece entre as orações.
A conjunção "mas" estabelece um contraste ou oposição entre duas ideias. No trecho "a substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, mas sem o seu potencial cancerígeno", a ideia é contrastar os benefícios com a ausência do potencial cancerígeno.
Vamos analisar cada alternativa:
A - porém
A conjunção "porém" é sinônima de "mas" e também estabelece uma relação de oposição ou contraste. Logo, mantém o sentido original do texto.
B - entretanto
Assim como "mas" e "porém", a conjunção "entretanto" indica contraste ou oposição entre as ideias, mantendo o sentido original. Portanto, correta.
C - e
A conjunção "e" é aditiva, ou seja, ela apenas adiciona uma informação à outra, sem estabelecer contraste ou oposição. Neste caso, ela não mantém o sentido original do texto, pois não indica a ausência do potencial cancerígeno como uma característica contrastante. Essa é a alternativa incorreta.
D - portanto
A conjunção "portanto" indica uma conclusão ou consequência. No contexto do trecho, não faria sentido concluir algo baseado na informação anterior, pois o foco é contrastar os benefícios com a ausência do potencial cancerígeno. Assim, não mantém o sentido original.
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Gabarito D
⇢ O termo "portanto" é uma conjunção coordenativa conclusiva. As demais introduzem ideia de adversidade (mas, todavia, porém, e (=mas), entretanto).
GABARITO: LETRA D
? ?[...] a substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, mas sem o seu potencial cancerígeno.? ? temos uma conjunção coordenativa adversativa, queremos uma que não expresse esse valor:
A) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, porém sem o seu potencial cancerígeno ? conjunção coordenativa adversativa, expressa o mesmo valor.
B) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, entretanto sem o seu potencial cancerígeno ? conjunção coordenativa adversativa, expressa o mesmo valor.
C) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, e sem o seu potencial cancerígeno ? conjunção coordenativa adversativa, expressa o mesmo valor, aqui poderia ser confundido, mas a conjunção "e" pode expressar diversos valores e um deles é adversativo.
D) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, portanto sem o seu potencial cancerígeno ? conjunção coordenativa conclusiva, temos aqui a nossa resposta.
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Assertiva D
A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, portanto sem o seu potencial cancerígeno.
A questão é sobre conjunções e quer saber em qual das alternativas abaixo NÃO podemos substituir a conjunção "MAS". Vejamos:
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“[...] a substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, mas sem o seu potencial cancerígeno.”
"Mas" é conjunção coordenativa adversativa.
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Conjunções coordenativas são as que ligam termos ou orações de mesmo valor. As conjunções coordenativas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Conjunções coordenativas adversativas: têm valor semântico de oposição, contraste, adversidade, ressalva...
São elas: mas, porém, entretanto, todavia, contudo, no entanto, não obstante, inobstante, senão (= mas sim)...
Ex.: Não estudou muito, mas passou nas provas.
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A) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, porém sem o seu potencial cancerígeno.
"Porém" também é conjunção coordenativa adversativa.
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B) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, entretanto sem o seu potencial cancerígeno.
"Entretanto" também é conjunção coordenativa adversativa.
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C) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, e sem o seu potencial cancerígeno.
"E" é conjunção coordenativa aditiva.
Conjunções coordenativas aditivas: têm valor semântico de adição, soma, acréscimo...
São elas: e, nem (e não), não só... mas também, mas ainda, como também, ademais, além disso, outrossim...
Ex.: Estudaram muito e passaram no concurso.
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D) A substância mostrou benefícios semelhantes aos do estrogênio, portanto sem o seu potencial cancerígeno.
"Portanto" também é conjunção coordenativa adversativa.
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Gabarito: Letra C
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