Sobre procedimentos cirúrgicos em pequenos e grandes animai...

Tema Central da Questão: A questão aborda o manejo pós-operatório de procedimentos cirúrgicos em equinos, especificamente após uma enterotomia para descompressão do cólon maior. Esse tema é crucial na prática de clínica médica e cirúrgica veterinária, pois envolve o entendimento de técnicas cirúrgicas e cuidados pós-operatórios fundamentais para a recuperação do animal.

Resumo Teórico: Em equinos, a laparotomia exploratória é um procedimento comum em casos de cólica severa. Durante a cirurgia, a enterotomia pode ser necessária para aliviar a pressão do cólon. O manejo pós-operatório adequado é vital para evitar complicações, como infecção e estase intestinal. Protocolos eficazes incluem o uso de analgésicos, antibióticos e cuidados com a alimentação.

Alternativa Correta: C - O manejo pós-operatório inclui jejum hídrico e alimentar por 24 horas, administração de flunixina meglumina (1,1 mg/kg, IV, BID) para analgesia e mobilização precoce para evitar estase intestinal.

Justificativa: A alternativa C está correta porque abrange um protocolo pós-operatório padrão que inclui jejum inicial para permitir que o trato gastrointestinal comece a se recuperar sem sobrecarga. A flunixina meglumina é um anti-inflamatório não-esteroidal eficaz na analgesia e na redução da inflamação. A mobilização precoce ajuda a prevenir estase intestinal, uma complicação comum após cirurgias abdominais em equinos.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - O uso de poliglecaprone 25 (Monocryl®) não é a primeira escolha para suturas intestinais em equinos, pois este material não oferece a resistência necessária para o intestino grosso. O padrão contínuo simples pode não ser o mais indicado devido ao risco de vazamentos.

B - Embora os antibióticos de amplo espectro possam ser usados, a ceftriaxona não é comumente utilizada em equinos devido a diferenças de farmacocinética. O uso de antibióticos deve ser baseado em avaliação clínica e cultural.

D - A descompressão do cólon não elimina por completo o risco de complicações pós-operatórias. A fluidoterapia intensiva ainda é uma parte crucial do manejo para garantir a hidratação e a perfusão adequadas.

E - A afirmação sobre a taxa de mortalidade superior a 90% é exagerada e não representa a realidade atual, onde técnicas cirúrgicas melhoradas e manejo intensivo reduzem significativamente a mortalidade.

Estratégia de Interpretação: Ao abordar questões desse tipo, foque na lógica clínica e na prática veterinária usual. Identifique palavras-chave como "jejum", "analgesia" e "mobilização", que são termos associados a protocolos pós-operatórios.

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