O cromossomo Y humano é amplamente utilizado na análise fore...
O cromossomo Y humano é amplamente utilizado na análise forense de DNA, particularmente nos casos em que o perfil de DNA autossômico padrão não é informativo. O uso forense do DNA do cromossomo Y foi bastante relevante em um caso que ocorreu em Queensday, Holanda, em 30 de maio de 1999. Nesse caso, uma menina de 16 anos foi participar de um evento para comemorar o aniversário da rainha. Na volta para casa à noite, ela foi estuprada e assassinada, com sua garganta sendo cortada. Vestígios de sêmen foram encontrados dentro e sobre seu corpo. Não havia testemunha, e nenhuma pista do perfil de DNA autossômico padrão permitiu a resolução do caso. O caso só foi resolvido após 14 anos, por meio de uma análise inovadora de alelos de loci STR do cromossomo Y. Um dos suspeitos na época do crime era um homem refugiado, oriundo do Iraque. Inclusive, logo após o crime, a população local expressou veementemente sua convicção de que o assassino deveria ser um refugiado. Contundo, a partir das análises do cromossomo Y, foi concluído que os ancestrais paternos eram originários do noroeste da Europa. Isso só foi possível, por meio da comparação dos dados do cromossomo Y obtidos do sêmen do assassino com aqueles armazenados em um banco de dados de referência de haplótipos do cromossomo Y (YHRD). Pensando na aplicabilidade do cromossomo Y, qual alternativa apresenta corretamente o motivo do DNA do cromossomo Y ser útil para inferir ancestralidade, em especial ao se considerar a ancestralidade biogeográfica?