No terceiro parágrafo, a professora Íris Gardino afirma que ...
Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder a questão.
As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.
Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.
Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. “Normalmente, as pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se estivessem em um bate-papo com amigos.”
Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema, segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os revisores de texto, que apresentam falhas.
Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para quem está ouvindo a mensagem. “Um elogio feito de maneira displicente pode ser interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido”, exemplifica a especialista.
(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)
No terceiro parágrafo, a professora Íris Gardino afirma que há um grupo de profissionais que exagera em “formalismos desnecessários” e há outro grupo que escreve como se estivesse em um “bate-papo com amigos”.
Considerando esses dois grupos, pode-se concluir corretamente que, para resolver esses problemas de comunicação, os profissionais do primeiro grupo devem
Significado de Prolixo
adjetivo
1.Que fala ou escreve usando mais palavras do que o necessário.
2.Que se expressa, falando ou escrevendo, através do uso excessivo de palavras; que não consegue resumir uma ideia ou encurtar um pensamento: jornalista prolixo.
3.Que se perde em explicações supérfluas: orador prolixo.
4.Definido como entediante; que se estende demoradamente; enfadonho.
5.Que se desenvolve em demasia; em que há abundância; abundante.
é possível responder por eliminação: '' e os do segundo grupo devem empregar linguagem pertinente ao ambiente de trabalho ''..
Palavras que podem gerar alguma dúvida:
Suprimir - eliminar, acabar com;
Obsoleto - que já é ultrapassado, está em desuso (a VUNESP já cobrou essa palavra em prova);
Prolixo - o contrário de "objetivo, direto"; é aquele que enrola muito pra falar algo simples.
GABARITO LETRA E
Obsoleto= me ferrei na prova do TJ SP
O “formalismos desnecessários” normalmente emprega mais palavras do que o necessário, apenas para rebuscar, logo é preciso redigir de maneira mais direta e objetiva. Enquanto que, no segundo grupo - “bate-papo com amigos” - devem empregar linguagem pertinente ao ambiente de trabalho, linguagem padrão da norma culta, porém sem formalismo desnecessário.