Entre as alternativas elaboradas a partir das ideias do últ...

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Q834720 Português

   Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder a questão. 

       As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.

      Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.

      Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. “Normalmente, as pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se estivessem em um bate-papo com amigos.”

      Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema, segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os revisores de texto, que apresentam falhas.

      Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para quem está ouvindo a mensagem. “Um elogio feito de maneira displicente pode ser interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido”, exemplifica a especialista.

(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)

Entre as alternativas elaboradas a partir das ideias do último parágrafo, assinale aquela em que a expressão destacada indica finalidade.
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: C - "Para que um elogio seja interpretado sem ambiguidades, não pode ser feito com descaso."

A questão avalia a capacidade do candidato de identificar a expressão que indica finalidade. Para isso, é fundamental entender como as conjunções e locuções conjuntivas funcionam nas frases, conectando ideias e estabelecendo relações de sentido entre elas.

Explicação da alternativa correta:

Alternativa C: A locução conjuntiva "Para que" é típica de orações subordinadas adverbiais finais, que expressam uma finalidade, um objetivo. No caso, a frase indica que a ação de não fazer o elogio com descaso tem o objetivo de evitar interpretações ambíguas.

Explicação das alternativas incorretas:

Alternativa A: A expressão "se" é uma conjunção subordinativa condicional e não indica finalidade, mas sim uma condição. A frase estabelece que um elogio feito com displicência pode ser compreendido de forma irônica, mas não aponta um objetivo ou finalidade.

Alternativa B: A expressão "porém" é uma conjunção coordenativa adversativa que indica oposição ou contraste, e não finalidade. A frase contrasta a atitude saudável de fazer elogios com a necessidade de franqueza e espontaneidade.

Alternativa D: A expressão "Ainda que" é uma conjunção subordinativa concessiva que indica uma concessão, uma ideia de contraste ou ressalva, e não finalidade. A frase aponta que, mesmo que o elogio seja uma atitude positiva, ele deve ser feito de forma clara.

Alternativa E: A expressão "Como" no contexto em questão introduz uma explicação ou causa, não uma finalidade. A frase explica que, devido ao fato de um elogio poder ser mal compreendido, é essencial que ele seja feito com clareza.

Portanto, a única alternativa que apresenta uma expressão indicando finalidade é a alternativa C, com a locução "Para que".

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Comentários

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Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.

 

São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.

a) SE = condicional

b) Porém =Adversativa

c) Para que = Finalidade

d) Ainda que = Concessiva

e) Como = Causal

Conjunções subordinativas adverbiais FINAIS : para que, afim de que, de modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que ), que.

Exemplos: Estude todo fim de semana de modo que passe no concurso.

Não confunda para que (preposição exigida por algum nome + conjunção integrante) com para que (locução conjuntiva final):

- A preservação da Floresta Amazônica é importante para que se mantenha o equilíbrio ecológico mundial. (o nome importante exige a preposição para, que vem seguida da conjunção integrante que).

- Temos de preservar a Floresta Amazônica para que se mantenha o equilíbrio ecológico mundial. (locução conjuntiva final).

FONTE: A Gramática para Concursos.

 Conjunções finais :

Para que

A fim de que

que (= para que)

Porque (= para que). 

Ex. Corri porque alcançasse voce. (para que).

Ela só gritou para que eu me desconcentrasse.

Notou algo nos.verbos? Sim, claro que notou. Estão no subjuntivo.

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