Entre as alternativas elaboradas a partir das ideias do últ...
Leia o texto “Ser perspicaz no trabalho” para responder a questão.
As redes sociais, as mensagens eletrônicas e o bate-papo on-line têm dado novos horizontes ao trabalho contemporâneo, mas cobram um preço alto: tornam mais evidentes as fragilidades de comunicação dos profissionais do mercado. Saber como e quando falar com colegas de trabalho, superiores hierárquicos, clientes e fornecedores nem sempre é de conhecimento notório dos brasileiros.
Segundo especialistas, uma das armadilhas é confundir o ambiente mais livre da internet com as exigências da vida profissional. Outra preocupação é com o tempo que vai ser gasto com cada uma das conversas, por isso o desafio é conseguir se comunicar de forma clara e objetiva, com o cuidado de transmitir todas as informações necessárias, sem prolongar inutilmente a troca de mensagens.
Para a professora de língua portuguesa Íris Gardino, é essencial saber qual é o grau de formalidade necessário para os comunicados de trabalho. “Normalmente, as pessoas não recebem qualquer formação para lidar com essas situações. Alguns exageram em formalismos desnecessários e outros acabam escrevendo como se estivessem em um bate-papo com amigos.”
Ela cita como informalidade excessiva o hábito que as pessoas desenvolvem na internet de abreviar o maior número de palavras possível, de empregar termos vagos e imprecisos e de usar formatações de texto menos convencionais, como o uso indiscriminado de fontes, cores de letras, caixa alta e itálico. O problema, segundo a professora, é que muitos profissionais não desenvolvem a habilidade de escrever de forma correta e coerente e ficam dependentes de ferramentas, como os revisores de texto, que apresentam falhas.
Já Celi Langhi, professora na área de gestão de pessoas, chama a atenção para os profissionais que diante de outros colegas muitas vezes se concentram apenas na parte verbal do discurso, mas esquecem que o gestual e a expressão corporal deles no momento em que estão falando também vão gerar uma interpretação para quem está ouvindo a mensagem. “Um elogio feito de maneira displicente pode ser interpretado como uma ironia e vai causar o efeito inverso do pretendido”, exemplifica a especialista.
(Leonardo Fuhrmann. Revista Língua Portuguesa, janeiro de 2014. Adaptado)
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (9)
- Comentários (17)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Alternativa correta: C - "Para que um elogio seja interpretado sem ambiguidades, não pode ser feito com descaso."
A questão avalia a capacidade do candidato de identificar a expressão que indica finalidade. Para isso, é fundamental entender como as conjunções e locuções conjuntivas funcionam nas frases, conectando ideias e estabelecendo relações de sentido entre elas.
Explicação da alternativa correta:
Alternativa C: A locução conjuntiva "Para que" é típica de orações subordinadas adverbiais finais, que expressam uma finalidade, um objetivo. No caso, a frase indica que a ação de não fazer o elogio com descaso tem o objetivo de evitar interpretações ambíguas.
Explicação das alternativas incorretas:
Alternativa A: A expressão "se" é uma conjunção subordinativa condicional e não indica finalidade, mas sim uma condição. A frase estabelece que um elogio feito com displicência pode ser compreendido de forma irônica, mas não aponta um objetivo ou finalidade.
Alternativa B: A expressão "porém" é uma conjunção coordenativa adversativa que indica oposição ou contraste, e não finalidade. A frase contrasta a atitude saudável de fazer elogios com a necessidade de franqueza e espontaneidade.
Alternativa D: A expressão "Ainda que" é uma conjunção subordinativa concessiva que indica uma concessão, uma ideia de contraste ou ressalva, e não finalidade. A frase aponta que, mesmo que o elogio seja uma atitude positiva, ele deve ser feito de forma clara.
Alternativa E: A expressão "Como" no contexto em questão introduz uma explicação ou causa, não uma finalidade. A frase explica que, devido ao fato de um elogio poder ser mal compreendido, é essencial que ele seja feito com clareza.
Portanto, a única alternativa que apresenta uma expressão indicando finalidade é a alternativa C, com a locução "Para que".
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc.
a) SE = condicional
b) Porém =Adversativa
c) Para que = Finalidade
d) Ainda que = Concessiva
e) Como = Causal
Conjunções subordinativas adverbiais FINAIS : para que, afim de que, de modo que, de sorte que, porque (quando igual a para que ), que.
Exemplos: Estude todo fim de semana de modo que passe no concurso.
Não confunda para que (preposição exigida por algum nome + conjunção integrante) com para que (locução conjuntiva final):
- A preservação da Floresta Amazônica é importante para que se mantenha o equilíbrio ecológico mundial. (o nome importante exige a preposição para, que vem seguida da conjunção integrante que).
- Temos de preservar a Floresta Amazônica para que se mantenha o equilíbrio ecológico mundial. (locução conjuntiva final).
FONTE: A Gramática para Concursos.
Conjunções finais :
Para que
A fim de que
que (= para que)
Porque (= para que).
Ex. Corri porque alcançasse voce. (para que).
Ela só gritou para que eu me desconcentrasse.
Notou algo nos.verbos? Sim, claro que notou. Estão no subjuntivo.
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo