De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a expres...
Leia o texto “Procura-se restaurante sem TV”, para responder
à questão.
No fim de semana passado, fui com a família a um dos nossos restaurantes prediletos. É um desses lugares com cardápio gigante e pratos idem, ideal para um almoção de domingo. Um dos atrativos do lugar é um agradável jardim com mesas ao ar livre. O jardim é a parte do restaurante preferida por famílias. Fica cheio de crianças nos fins de semana.
Ao chegar, tivemos uma surpresa: o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim, com caixas de som espalhadas por todo o lugar. A TV exibia – juro – um programa sobre o cultivo de orégano.
Somos clientes antigos do lugar. Vamos tanto que até conhecemos os donos. Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho.
“Cansei de perder clientes porque não tínhamos TV”, disse um dos proprietários. “Tem gente que chega aqui, pergunta se tem TV e, quando digo que não, vai embora.”
Triste, mas verdadeiro: achar um restaurante sem TV está ficando cada vez mais difícil. Entendo que um restaurante de PF ou de almoço comercial tenha TV nas paredes para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior. É claro que já fui com amigos a bares para assistir a jogos. Ninguém é contra a televisão. Mas não consigo entender como uma família prefere ficar vendo um programa sobre plantação de orégano a conversar.
Nosso almoço foi uma depressão só: o som do programa impedia qualquer tentativa de comunicação. Era impossível escapar do barulho da TV, já que as caixas cobriam toda a área do lugar.
O pior é que o dono do restaurante tinha razão: as famílias pareciam estar gostando do programa. Na mesa ao lado, um casal passou o almoço todo sem trocar uma palavra, aparentemente hipnotizado pelas informações sobre a melhor época para plantar orégano.
Perdemos outro de nossos restaurantes favoritos. Uma pena. Mas tenho certeza de que o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta.
(André Barcinski, Folha de S.Paulo, 09.05.2012. Adaptado)
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Comentários
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d) já que as caixas a cobriam.
Alguém poderia explicar esta questão por favor!
Fiquei com dúvida.
a) ...havia colocado uma enorme televisão - o restaurante a havia colocado - não existe pronome átono após particípio
b) ...instalar o aparelho - haviam decidido instalá-lo - quem instala, instala algo - VTD - o aparelho é objeto direto.
c) ... clientes verem as notícias... - quem vê, vê algo - VTD - o correto seria clientes verem-nas
d)... já que as caixas cobriam toda a área... - quem cobre, cobre algo - VTD - toda a área objeto direto, por isso o uso do pronome a
e) ... não vai sentir nossa falta. - quem sente, sente algo. VTD - não cabe o lhe, pois o lhe aplica-se a objeto indireto
Na alternativa D, o que justifica a próclise seria o termo "toda"?
A - o restaurante havia colocado uma enorme televisão no jardim - Verbo principal no particípio, então o pronome A não pode ficar depois dele.
B - Perguntei por que haviam decidido instalar o aparelho - Masculino (o aparelho)
C - para os clientes verem as notícias ou os gols da noite anterior - Ver é verbo transitivo direto, e lhe é pronome que substitui OI
D - está correta
E - o lugar, agora com TV, não vai sentir nossa falta - Sentir é VTD
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