Cristaloides e coloides são os principais tipos de soluções administrados em pacientes para repor líquidos e re-estabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico. A seleção desses líquidos pelo clínico baseia-se nas concentrações de eletrólitos, na osmolaridade e no pH, de acordo com a situação clínica e com as necessidades do paciente. Quase sempre as decisões referentes à terapia hídrica devem ser tomadas rapidamente, determinando-se o(s) líquido(s) ideal(is) na velocidade certa, em quantidades suficientes e pela via mais eficiente. No estabelecimento de um plano de terapia hídrica de ressuscitação adequada para cães , deve-se considerar que

Question

A

a quantidade de cristaloide, quando administrada juntamente com coloides, deve ser reduzida em 40 a 60% do que seria administrado se fossem usados cristaloides isoladamente.

B

as perdas hídricas crônicas ou disfunção dos pulmões, do coração ou do cérebro indica-se uma velocidade de administração mais lenta, de cerca de 1 a 4 horas, com perfusão adequada.

C

a administração de fluidos via subcutânea é aceita se o animal estiver em choque, se for capaz de absorver os líquidos e se aceitar múltiplos depósitos subcutâneos de 10 a 50 mL a cada aplicação.

D

o volume padrão de administração de cristaloides utilizados isoladamente, recomendado em casos de choque hipovolêmico compensatório e com descompensação precoce é de , no máximo, 60 mL/Kg/h.

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Alternativa [A] a quantidade de cristaloide, quando administrada juntamente com coloides, deve ser reduzida em 40 a 60% do que seria administrado se fossem usados cristaloides isoladamente. A alternativa correta é a A. Vamos entender o porquê.

Cristaloides e coloides são tipos de soluções utilizadas em fluidoterapia, que é uma prática essencial na medicina veterinária para restaurar o equilíbrio hídrico e eletrolítico nos pacientes. Cristaloides são soluções que contêm eletrólitos e podem se difundir livremente através das membranas capilares, enquanto coloides são soluções que contêm partículas maiores que não cruzam facilmente as membranas, ajudando a manter o volume intravascular.

Alternativa A: Correta - A quantidade de cristaloide deve ser reduzida quando administrada juntamente com coloides, em 40 a 60% do volume que seria utilizado se apenas cristaloides fossem administrados. Isso ocorre porque os coloides melhoram a retenção de fluidos no espaço intravascular, permitindo uma eficácia maior na reposição do volume sanguíneo com menor quantidade de cristaloide.

Alternativa B: Incorreta - Esta alternativa aborda a administração mais lenta de fluidos em situações de perdas hídricas crônicas ou disfunções de órgãos. Embora uma administração mais lenta seja realmente recomendada nessas condições para evitar sobrecarga, a questão enfatiza o estabelecimento de um plano de terapia hídrica de ressuscitação, que é mais urgente e requer uma abordagem diferente.

Alternativa C: Incorreta - A administração subcutânea de fluidos em animais em choque não é recomendada, pois essa via não é eficaz para rápida restauração do volume intravascular necessário em situações de choque. Em pacientes em choque, espera-se que os fluidos sejam administrados intravenosamente para um efeito imediato.

Alternativa D: Incorreta - O volume padrão de cristaloides para choque hipovolêmico é geralmente mais alto do que 60 mL/Kg/h, especialmente em casos de descompensação. O valor mencionado aqui está abaixo do que é frequentemente necessário para resgatar rapidamente o paciente de um estado de choque hipovolêmico compensatório ou em descompensação precoce.

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