A frase que está em conformidade com a norma-padrão da líng...

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Q1747182 Português
A frase que está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa de concordância e regência é:
Alternativas

Gabarito comentado

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Essa é uma questão bem direta sobre regência e concordância, na qual temos que determinar, entre as alternativas, em qual delas não há equívocos dessa natureza.

Sendo assim, começando pela letra A, percebemos que nela há dois erros – um de regência em “deriva ao inglês", já que a regência do verbo derivar não admite a preposição “a", e sim a preposição “de" (deriva do  inglês), e outro de concordância, já que a palavra (no feminino) “pic-nic" pode ser escrita “piquenique".

Já na letra B, o adjetivo “estranhas" pode facilmente receber depois de si a preposição “a", assim como também aceita a preposição “para". Por sua vez, o adjetivo “incorporada" também aceita, em sua regência, a preposição “a", admitindo também a preposição “em". Logo, não há nenhum equívoco aqui, sendo essa a alternativa correta.

 Na letra C, o verbo “defender" deveria estar no singular para concordar com “um certo tipo de pessoa" e a regência do adjetivo “compatível" se dá com a preposição “com" (relacionamentos compatíveis com os padrões antigos).

Partindo para a opção D, temos a opção que pode ter causado alguns deslizes, já que é muito comum vermos pessoas realizando a regência do verbo chegar com a preposição “em". No entanto, o correto é “chegar a algum lugar" utilizando a preposição “a". É preciso tomar cuidado com essas pegadinhas das bancas, pois muitas vezes o senso comum promove desvios de norma que levam a erros.

Por fim, a letra E apresenta o erro na construção “contrárias da criação", já que o adjetivo contrário apenas admite a preposição “a" (contrárias à criação – atenção à crase!).

Sendo assim, conclui-se que a alternativa correta é a letra B.

Gabarito do professor: Letra B.

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Comentários

Veja os comentários dos nossos alunos

A - A palavra “pic-nic” deriva do ao inglês e também pode ser escrito “piquenique” em português.

B - Palavras estranhas ao português foram incorporadas ao vocabulário ao longo dos séculos.

C - Há um certo tipo de pessoa que defendem relacionamentos compatíveis com aos padrões antigos.

D -Era mais tranquilo chegar ao no Rio de Janeiro de trem para se evitar os riscos das rodovias.

E - Quem são as pessoas que se declararão contrárias a da criação de palavras novas na língua?

Gab. B

Regência

A: Deriva de ...

C: Compatível com ...

D: Chegar à(ao)...

E: Contraria a ...

GABARITO: B

Vamos lá:

a) A palavra “pic-nic” deriva ao inglês e também pode ser escrito “piquenique” em português. → Errado. Dois erros: Quem deriva. deriva DE algum lugar (de + o = do inglês). Pergunte: Quem pode ser escrito? A palavra → A palavra pode ser ESCRITA.

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b) Palavras estranhas ao português foram incorporadas ao vocabulário ao longo dos séculos. → Correto. Palavras são estranhas A algo/alguém (ao português). Quem é incorporado, é incorporado A alguém (ao vocabulário)

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c) Há um certo tipo de pessoa que defendem relacionamentos compatíveis aos padrões antigos. → Errado. Dois erros:

  1. Quem defende relacionamentos compatíveis? Um certo tipo de pessoa. O correto é: um certo tipo...que DEFENDE relacionamentos...

Outro exemplo: "O menino que defende relacionamentos" → O verbo concorda com o termo a que se refere: O menino.

  1. Quem é compatível, é compatível COM algo → relacionamentos compatíveis com padrões antigos.

.

d) Era mais tranquilo chegar no Rio de Janeiro de trem para se evitar os riscos das rodovias. → Errado. Quem chega, chega A algum lugar (chega AO Rio).

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e) Quem são as pessoas que se declararão contrárias da criação de palavras novas na língua? → Errado. Quem é contrário, é contrário A algo.

OBS.: Aqui cabe o emprego da crase. Veja que o termo regente (contrário) pede preposição: Contrário A algo. Temos "a criação" (palavra feminina). Como não há nenhum caso proibido, empregamos a crase: Contrário A + A criação → Contrário À criação.

  • Macete que sempre cai bem: Trocar por palavra masculina, se aparecer "ao", coloque crase: Contrário ao amigo → Contrário à criação (Detalhe: Aplique o macete, mas nunca se esqueça dos casos específicos como, por exemplo, a crase nas palavras casa, terra, distância etc.)

Caso você encontre algum erro na questão ou no comentário, por favor, notifique-me.

Espero ter ajudado.

Bons estudos! :)

Muito boa as respostas dos colegas, mas na alternativa A, entendo que tenha um erro de concordancia nominal, no lugar de 'ESCRITO' seria correto a alteração para 'ESCRITA' para concordar com A PALAVRA. Alguém mais pensa dessa forma, se puderem me ajudar.

CUIDADO!

Há comentários que, a despeito de não incorrerem em erro, não apresentam completude.

Em questões atinentes à regência verbal e nominal, importa sempre ter consigo o maior número possível das preposições que regem os nomes e os verbos. As bancas, em muitas provas, exploram regências inusuais e praticamente alheadas da linguagem corrente. Inspecionemos:

a) A palavra “pic-nic” deriva ao inglês e também pode ser escrito “piquenique” em português.

Incorreto. Há dois solecismos: um de regência verbal e outro de concordância nominal. O verbo "derivar", de acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p.174, no sentido de "formar uma palavra de outra", é transitivo indireto e rege preposição "de", e não "a"; à frente, o adjetivo "escrito" deve concordar com o núcleo "palavra". Correções: "A palavra 'pic-nic' deriva do inglês e também pode ser escrita (...)";

b) Palavras estranhas ao português foram incorporadas ao vocabulário ao longo dos séculos.

Correto. Toda a frase atende ao padrão normativo do idioma. Atente para os adjetivos "estranhas" e "incorporadas". De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.221, o adjetivo "estranhas" rege múltiplas preposições: "a", "de" e "para"; quanto a "incorporadas", ainda de acordo com o professor, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.281, o adjetivo "incorporadas" rege as preposições "a" e "em";

c) Há um certo tipo de pessoa que defendem relacionamentos compatíveis aos padrões antigos.

Incorreto. Há dois solecismos. Respectivamente: de concordância verbal e de regência nominal. O verbo "defender" deve concordar com o núcleo "tipo"; em seguida, o adjetivo "compatível", segundo Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.105, rege duas preposições: "com" e "entre". Correções: "Há um certo tipo de pessoa que defende relacionamentos compatíveis com padrões antigos";

d) Era mais tranquilo chegar no Rio de Janeiro de trem para se evitar os riscos das rodovias.

Incorreto. Salvo excepcional ocorrência, "chegar", na acepção de "atingir o movimento de ida ou vinda; atingir o lugar visado", é VI ou VTI, neste último caso rege preposição "a". Em tela, comporta-se como transitivo indireto, logo a preposição "a" é a que se adéqua à norma culta, a despeito de ser muito comum, mormente na língua falada, usar "em". Correção: "Era mais tranquilo chegar ao Rio de Janeiro (...)";

e) Quem são as pessoas que se declararão contrárias da criação de palavras novas na língua?

Incorreto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.129, o adjetivo "contrário" rege uma única preposição: "a". Correção: "(...) contrárias à criação de palavras novas na língua?". Obs.: marca-se o fenômeno crásico porque o adjetivo rege a preposição "a" que se funde com o artigo "a" determinante do substantivo "criação".

Letra B

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