Um conjunto novo de discursos e práticas registra, nas últi...
a divulgação dos modelos denominados de educação bilíngue e bicultural, e o aprofundamento teórico acerca das concepções sociais, culturais e antropológicas da surdez.
Uma análise aprofundada das últimas décadas revela uma transformação significativa na forma como a escolarização dos surdos é compreendida. A perspectiva anterior, que enquadrava a surdez predominantemente sob a ótica da saúde e da patologia, foi gradativamente substituída por abordagens mais amplas e inclusivas.
Dentre os diversos fatores que contribuíram para tal mudança, é possível destacar a educação bilíngue e bicultural. Este modelo educacional valoriza a língua de sinais como primeira língua dos surdos, ao mesmo tempo em que incentiva o aprendizado da língua oral predominante no ambiente social como segunda língua. Este enfoque promove a inclusão social e cultural dos surdos, ao mesmo tempo em que reconhece e respeita suas características e necessidades únicas.
Além disso, houve um aprofundamento teórico que envolveu as concepções sociais, culturais e antropológicas da surdez. Tal avanço teórico tem contribuído para a desmedicalização da surdez e para o reconhecimento dos surdos como um grupo cultural com sua própria língua, identidade e comunidade.
Portanto, é a alternativa D que corretamente aponta para essas mudanças, rejeitando modelos anteriores baseados na patologização e na tentativa de corrigir a surdez, e abraçando uma visão mais rica e humana que reconhece e celebra a diversidade.