Tomando como referência o artigo “Considerações sobre as sig...
Tomando como referência o artigo “Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade”, Elza Dutra ressalta que
“Tal modo de pensar nos faz considerar a subjetividade como um espaço individual cujas significações sociais constituem a história pessoal desse sujeito e os sentidos que ele atribui ao mundo. Desse modo, acolher o outro no seu sofrimento subjetivo, considerando a dimensão social, significa a des-reificação da sua natureza universal, ao se considerar o sofrimento como um momento do sujeito, com sentidos e significações diferentes para cada um, e de acordo com o seu modo de ser e de viver, não conduzindo, necessariamente, a uma patologia. O que significa dizer que a prática clínica tem lugar sempre que o sofrimento do sujeito cria uma demanda, mas não necessariamente quando se instala uma patologia”. (ELZA DUTRA, 2004, p. 384).
É correto afirmar que a prática clínica é caracterizada
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a Alternativa B.
A questão aborda a compreensão da prática clínica em psicologia, a partir da visão contemporânea apresentada por Elza Dutra. Esta abordagem enfatiza que a prática clínica não é restrita a diagnósticos tradicionais ou a contextos específicos, mas sim ao suporte ao sofrimento subjetivo do indivíduo, considerando suas significações sociais e individuais.
Alternativa B: A prática clínica é caracterizada por não se reduzir a fatores como lugar, número de sujeitos, classe econômica, técnica utilizada ou patologia diagnosticada. Esta alternativa está correta porque reflete a visão apresentada por Elza Dutra de que a clínica deve ser um espaço de acolhimento do sofrimento subjetivo, sem se limitar a elementos estruturais ou diagnósticos formais.
Alternativa A: Esta alternativa está incorreta porque descreve a prática clínica como voltada principalmente para o diagnóstico e remissão de sintomas, o que contraria a ideia de que a clínica não se foca necessariamente em patologias ou alinhamento a normas sociais.
Alternativa C: Embora a história de vida e a anamnese sejam importantes, essa alternativa sugere uma prática clínica baseada principalmente em encaminhamentos, o que não corresponde à visão de uma clínica centrada na subjetividade e no significado pessoal do sofrimento, como discutido no texto base.
Alternativa D: Esta alternativa centra-se na escuta empática e na conceituação cognitiva, mas ainda assim reduz a prática clínica a uma técnica específica, o que não abrange a amplitude da experiência subjetiva e social abordada por Elza Dutra.
A compreensão do tema é essencial para responder adequadamente, pois envolve a valorização das dimensões sociais e subjetivas do sofrimento, sem necessariamente vincular a prática clínica a diagnósticos patológicos.
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