Resende, em Veiga (1996), escreve que “a realidade de um mu...

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Q1052337 Pedagogia
Leia o texto que segue para responder à questão.

    Ensinar na escola, ser professor, é trabalhar com desenvolvimento humano e com a construção do conhecimento numa realidade multicultural. Esse trabalho corresponde ao desenvolvimento do currículo na escola de Educação Básica. Esta, conforme se afirma na Resolução CNE/CEB nº 04/2010, “é o espaço em que se ressignifica e se recria a cultura herdada, reconstruindo-se as identidades culturais, em que se aprende a valorizar as raízes próprias das diferentes regiões do País” (art. 11).
Resende, em Veiga (1996), escreve que “a realidade de um mundo multicultural é, hoje, uma das verdades mais latentes e uma questão que necessita ser capturada e administrada pelas relações sociais das mais diversas instituições, dentre elas as educacionais”. Para essa educadora e pesquisadora, a condição multicultural da realidade social traz ambiguidades que “atingem a alma da escola e, mais especificamente, seu papel como instituição que se pretende formadora, ‘oxigenada’ e apta à análise e à crítica”. Nas reflexões que Resende apresenta, encontram-se argumentos em favor de que, no desenvolvimento de suas atividades curriculares – o qual se dá no encontro entre culturas –, a escola analise as diferenças como
Alternativas

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Alternativa correta: C

O tema da questão centra-se em como a escola e o currículo devem abordar e tratar a realidade multicultural em que estão inseridos, respeitando as diversas identidades culturais dos alunos e as experiências que trazem para o ambiente escolar. A questão toca em pontos fundamentais como o desenvolvimento humano, a construção do conhecimento e a relevância de se trabalhar com as diferenças culturais em um contexto educacional.

Para resolver esta questão, é necessário compreender que a educação deve respeitar as diferenças e ver as experiências e histórias dos alunos como parte intrínseca do processo de aprendizagem. Isso está em contraste com visões que buscam homogeneizar ou hierarquizar os conhecimentos e culturas dos estudantes.

Justificando a alternativa C, ela é correta porque reflete uma perspectiva contemporânea de educação que reconhece o currículo como um espaço de encontro entre diferentes culturas e experiências. A visão expressa na alternativa enfatiza que as diferenças entre os alunos são produtos de suas histórias individuais, das ideologias que permeiam a sociedade e das relações de poder existentes. A escola, portanto, deve buscar uma articulação entre o currículo e as experiências vividas pelos alunos, transformando o ambiente educacional em um espaço de significação e não apenas de transmissão de conhecimentos estabelecidos. Esse ponto de vista apoia uma educação crítica e reflexiva que valoriza a diversidade e promove uma aprendizagem relevante e contextualizada.

É importante ressaltar que as alternativas incorretas tendem a sugerir práticas educacionais que podem levar à homogeneização cultural (A), à distinção e hierarquização entre os alunos com base em sua cultura (B), ou à neutralidade frente às desigualdades (D), ou mesmo à substituição do conhecimento prévio do aluno pelo conhecimento acadêmico padrão (E), o que vai contra o princípio de valorização da diversidade e da experiência individual no processo educativo.

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GABARITO LETRA C

As chamadas negociações e os diálogos entre diferentes culturas, na maior parte das vezes, caracterizam-se como processos conflitantes.

A própria construção do projeto depende da capacidade de diálogos demonstrada pelo grupo, de maneira que devemos nos preocupar com as diferentes formas de diálogos que podem ser travados pelo educadores.

Candau (1997) explicita que a desestabilização, a relativização e a própria contestação são ingredientes necessários no encontro entre culturas e, ao defender a transparência e a autenticidade cultural via currículo, considera:

• a colocação da cultura como foco central dos currículos, desenvolvendo nos processos de aprendizagem o estudo das diferenças historicamente delineadas;

• a sustentação da linguagem como eixo central, buscando sua identidade social;

A BUSCA DA ARTICULAÇÃO ENTRE CURRÍCULO E EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS PELOS ALUNOS;

• a consideração da estruturação da vida em comunidade e as diferentes definições do “eu”;

A CONCEPÇÃO DA HISTÓRIA COMO SEQUÊNCIA DE RUPTURAS E DESLOCAMENTOS;

• a ampliação da concepção de pedagogia, compreendendo-a como modo de produção cultural

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