Ao discutir a escrita na escola, João Wanderley Geraldi (19...
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Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
A alternativa correta é a D, que afirma: "a escola descaracteriza o aluno como sujeito, sendo que o uso que se faz da língua nesse contexto é artificial". João Wanderley Geraldi é um teórico importante no campo do ensino de língua e uma de suas contribuições é a crítica à visão tradicional de ensino de língua que, muitas vezes, ignora o aluno como sujeito ativo no processo comunicativo e criativo da linguagem.
Para entender essa perspectiva, é necessário perceber que o processo de aprendizagem da escrita vai além da simples correção gramatical. Geraldi propõe que a escrita deve ser vista como uma prática social, onde o aluno interage com o texto, construindo significados e expressando sua individualidade. A escola, ao se prender unicamente às regras normativas e à correção ortográfica e gramatical, pode acabar criando uma atmosfera artificial, onde o texto não reflete o pensamento ou a intenção do aluno, mas sim uma versão esterilizada que atende somente às normas da língua padrão.
O ensino que valoriza essa perspectiva busca desenvolver nos alunos a capacidade de utilizar a língua de maneira significativa, considerando o contexto, o propósito da comunicação e a audiência. Assim, os alunos tornam-se sujeitos de sua aprendizagem, capazes de expressar suas ideias e sentimentos de forma autônoma e criativa.
As demais alternativas falham em capturar essa essência crítica do pensamento de Geraldi sobre o ensino de língua. Ele não defende que a correção dos textos seja exclusivamente feita pelos alunos (Alternativa A), nem que a atenção do professor se limite à norma-padrão da língua (Alternativa B), e tampouco que a avaliação de textos tenha perdido seu lugar no ensino (Alternativa C). A perspectiva de que a educação política se garante pela correção efetiva dos textos (Alternativa E) é redutiva e não contempla a complexidade do discurso educacional proposto pelo autor.
Portanto, a compreensão de que o ensino deve preservar e estimular o aluno como sujeito de sua linguagem e aprendizagem é fundamental para justificar o porquê de a Alternativa D estar correta.
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Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
D
Já vi essa questão em várias provas, mas até hoje não entendi o porquê do gabarito.
Não entendi por foi a letra “D”?!
Geraldi (2006) mostra que as produções de texto na escola são feitas voltadas para o professor que é, geralmente, o único leitor do texto. Com isso, os estudantes se sentem desmotivados e não demonstram empenho na escrita de algo que será somente lido por uma pessoa que, no caso, é o professor. O emprego da língua, na escola, então, foge de sua utilidade real que deveria contar com a participação e interação de vários atores no processo comunicativo e isso torna o emprego da língua artificial.
É interessante que os alunos escrevam textos que possam ser compartilhados com outros alunos da escola e até mesmo para outras pessoas fora da escola. O professor precisa promover atividades com os textos redigidos pelos alunos para que, dessa forma, os estudantes se sintam motivados a produzir bons textos para que outros possam lê-los.
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