O elemento sublinhado em Ainda no século 17 os filósofos ilu...

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Devaneio, logo existo


     As três pessoas que estavam comigo no elevador se recusavam a devanear. Assim como as pessoas do vagão do metrô. Foram duas rápidas observações que me levaram a respirar aliviado por ter percebido que ainda preservava a autoindulgência tanto do devaneio quanto da inspeção de atitudes alheias. A crítica de “ninguém mais conversa; todo mundo anda e até come com a fuça no celular” nunca me convenceu, pois se a pessoa não está prejudicando ninguém, que faça o que bem entender. No meu conceito, porém, ela está deixando de existir como indivíduo, pois é no devaneio, na contemplação e na troca que se imprime identidade no mundo.


     Explico melhor. E para isso recorro à inteligência artificial generativa, uma evocação à própria base de dados para geração de conteúdos novos, sejam textos, áudios, músicas, imagens ou vídeos. E o que é essa jornada se não o próprio caminho do processo criativo, por onde estabelecemos nossa assinatura? Os pensamentos não nascem no vácuo. As descobertas tampouco. Insights germinam do correlacionamento de memórias, da conexão das diferentes peças no repertório intelectual que fomos colecionando no decorrer da vida. A iluminação é elaborada em nosso devaneio. Só que cada vez menos somos propensos à permissão de experiências tão somente contemplativas. Até o caminhar precisa ser preenchido por fone de ouvido, consumo de notícias, checagem de mensagens de Whatsapp.


    Quando dizem que a meditação é um dos pilares de estilo de vida saudável não explicam devidamente sua importância. O próprio René Descartes, inspirador do título deste artigo e do cartesianismo, lançou obra chamada Meditações. Também não é explícito o risco do comodismo de entregar tudo o que tona humana a nossa espécie a um dispositivo. Já é sabido desde o século 18, na Revolução Industrial, que as máquinas são superiores em produção. Só que a mecanização não ativa a inteligência nem a razão, que são as ligas da vida e do real progresso dos seres humanos. Ainda no século 17 os filósofos iluministas ensinaram o valor do devaneio na formação de pessoas com melhores decisões morais.


(Adaptado de: PIMENTAL, Luiz Cesar. Revista Isto é, 15/03/2024. Disponível em: https://istoe.com.br) 
O elemento sublinhado em Ainda no século 17 os filósofos iluministas ensinaram o valor do devaneio (3º parágrafo) exerce a mesma função sintática daquele sublinhado em:
Alternativas

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LETRA C.

Função sintática de sujeito.

gabarito C

Só que a mecanização não ativa a inteligência nem a razão (3º parágrafo)

Função sintática de sujeito precedido de artigo.

Gabarito correto letra C)

ADENDO

Nesse tipo de questão fique atento. A questão sempre busca por "sujeito, complemento nominal, objeto direto/indireto.."

"Só que a mecanização não ativa a inteligência nem a razão" (3º parágrafo)

"a mecanização" é o sujeito da frase. Neste caso, "a mecanização" é quem está fazendo a ação de "não ativa".

Eu fico lendo as alternativas e ouvindo a voz do Zamba, sempre funciona! Melhor professor de Português ♥

gab : C

Objeto Direto:

  • É o complemento que completa o sentido de um verbo transitivo direto.
  • Recebe a ação verbal diretamente, sem preposição.
  • Pode ser identificado fazendo a pergunta "O quê?" ou "Quem?" ao verbo.
  • Exemplo: "Os filósofos ensinaram o valor do devaneio." (O que ensinaram? O valor do devaneio.)

Objeto Indireto:

  • É o complemento que completa o sentido de um verbo transitivo indireto.
  • Está ligado ao verbo por meio de uma preposição (geralmente "a", "para", "de", "em", etc.).
  • Pode ser identificado fazendo a pergunta "A quê?", "A quem?", "De quê?", "De quem?", etc. ao verbo.
  • Exemplo: "Recorro à inteligência artificial." (Recorro a quê? À inteligência artificial.)

Na frase original "os filósofos iluministas ensinaram o valor do devaneio", "o valor do devaneio" é objeto direto porque completa diretamente o sentido do verbo "ensinaram" sem necessidade de preposição.

Na alternativa correta C, "a inteligência nem a razão" também é objeto direto do verbo "ativa", seguindo o mesmo padrão.

Para responder a esta questão, vamos analisar a função sintática do elemento sublinhado na frase original e depois comparar com as alternativas:

Frase original: "Ainda no século 17 os filósofos iluministas ensinaram o valor do devaneio"

O elemento sublinhado "o valor do devaneio" é o objeto direto do verbo "ensinaram". Agora, vamos analisar cada alternativa:

A) "E para isso recorro à inteligência artificial generativa"

"à inteligência artificial generativa" é objeto indireto.

B) "pois se a pessoa não está prejudicando ninguém"

"ninguém" é objeto direto.

C) "Só que a mecanização não ativa a inteligência nem a razão"

"a inteligência nem a razão" é objeto direto.

D) "As três pessoas que estavam comigo no elevador se recusavam a devanear"

"a devanear" é objeto indireto.

E) "ela está deixando de existir como indivíduo"

"como indivíduo" é predicativo do sujeito.

A alternativa que apresenta a mesma função sintática (objeto direto) é a C: "Só que a mecanização não ativa a inteligência nem a razão".

Portanto, a resposta correta é a alternativa C.

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