No quinto parágrafo, as formas adverbiais “diferentemente” e...
Leia o trecho da crônica para responder a questão.
O que nos distancia e nos faz ignorar que somos uma só espécie? Como aceitamos abismos sociais tão cruéis?
A razão desses questionamentos foi um jovem adolescente na mesa ao lado da minha na padaria onde tomei o café da manhã antes de ir ao trabalho. Ainda que bem arrumado e cabelo penteado, percebia-se que era um rapaz economicamente vulnerável, humilde.
Ele tinha na mesa uma xícara de café, como eu, e um pão provavelmente recheado de presunto e queijo. Mas o que me chamou a atenção para aquela quase criança foi que, enquanto alguns na padaria conversavam em suas mesas, todos os demais aproveitavam para mexer no celular, menos ele. O rapaz comia o pão e tomava o café, olhando para a mesa à sua frente e para o vazio da parede adiante.
Ele estava inibido, pois parecia não sentir pertencer àquele lugar. Por que afinal ele não apanhava seu celular e começava a dedilhar nele, mandando mensagens, postando fotos? Concluí que ele não tinha um celular. Sua situação de pobreza não devia permitir esse prazer. E isso o incomodava.
Diferentemente do que se pode esperar de adultos, conscientes de seu lugar no mundo e seguros o suficiente para sentarem-se sozinhos à mesa de qualquer lugar e desfrutar o momento independentemente de um aparelho tecnológico nas mãos, os adolescentes não possuem ainda segurança e autoestima consolidadas. Mais do que os outros, eles buscam aceitação, mesmo que tentando ser diferentes.
Para aquele rapaz, o fato de não ter a que se ater, além da comida, num mundo onde as redes tecnológicas estão presentes nos quatro cantos, o chateava. E acabou por também me constranger: que mundo difícil esse que cria consumidores e não cidadãos.
Guardei meu celular no bolso e, sem mais, tomei meu café, olhando para a mesa à minha frente e para o vazio da parede adiante.
(João Marcos Buch. O café que nos une. 12.09.2017. Adaptado)
No quinto parágrafo, as formas adverbiais “diferentemente” e “independentemente”, que derivam, respectivamente, dos adjetivos “diferente” e “independente” estão corretamente empregadas.
Assinale a alternativa em que, em vez das formas adverbiais, deve-se empregar o adjetivo “diferente” ou “independente”.
GABARITO: LETRA B
? Mesmo sendo menor de idade, o indivíduo é independente para tomar um café da manhã desacompanhado.
? Aqui é fundamentalmente um adjetivo, o que condena é o verbo de ligação que liga o sujeito a seu predicativo do sujeito, não poderia ser empregado "independentemente".
Baixe a Planilha de Gestão Completa nos Estudos Grátis: http://3f1c129.contato.site/plangestaoestudost3
FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Eu não entendi o que a questão quer.
bastava colocar a palavra independente ou indiferente no plural, se coubesse seria a resposta, pois nenhum advérbio pode ir ao plural e flexionarPara saber se é adjetivo, colocar o TÃO na frente da palavra:
A Os adolescentes usam TÃO diferente o celular em relação a uma pessoa de mais idade. ERRADO
B Mesmo sendo menor de idade, o indivíduo é TÃO independente para tomar um café da manhã desacompanhado. CERTO
C Muitos ao redor do mundo, TÃO diferente dos judeus, comem presunto e outros tipos de carne de porco. ERRADO
D Que ótimo seria se todos pudessem conversar com estranhos, TÃO independente se isso parece estranho ou não. ERRADO
E TÃO Independente de haver um quadro na parede ou não, olhamos para ela, como se pudéssemos ver através dela. ERRADO