(LA TAILLE, 1992) Ao estudar o jogo de regras, Piaget nos d...
1. Interesse nas brincadeiras coletivas e regras. Concebe as regras como algo imutável, imposto pela tradição. 2. As crianças jogam com esmero pelas regras, e o respeito as regras é entendido como mútuo acordo entre os jogadores. 3. Não seguem as regras coletivas, interessarem-se pelo jogo para satisfazer seus interesses motores e suas fantasias simbólicas.
Indique a alternativa em que as etapas estão corretamente relacionadas.
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A alternativa correta é a D.
Para compreender melhor essa questão, é importante revisar brevemente a teoria de Jean Piaget sobre o desenvolvimento moral nas crianças, particularmente no contexto do jogo de regras. Piaget identificou três etapas no desenvolvimento da moralidade infantil, que são:
I. Anomia: Nesta fase, as crianças não têm uma compreensão clara das regras e normas. Elas jogam livremente, sem a necessidade de seguir regras coletivas, e o jogo serve principalmente para satisfazer seus interesses motores e fantasias simbólicas.
II. Heteronomia: As crianças reconhecem e seguem regras, mas veem essas regras como algo imutável, imposto pela tradição ou por figuras de autoridade. O respeito pelas regras é imposto de maneira coercitiva.
III. Autonomia: As crianças começam a entender que as regras são fruto de um acordo mútuo entre os jogadores e podem ser modificadas se todos concordarem. Elas jogam com esmero pelas regras e o respeito por elas é entendido como um acordo mútuo.
Vamos analisar cada alternativa para entender por que a alternativa D é a correta:
Alternativa A: I-1, III-2, II-3
Erro: Esta alternativa associa a fase I (Anomia) à descrição 1, que fala sobre interesse nas brincadeiras coletivas e regras imutáveis, o que está incorreto. A fase I deve estar associada à ausência de regras. A fase III (Autonomia) deveria estar associada ao respeito mútuo pelas regras, descrito em 2, mas aqui está incorretamente associada.
Alternativa B: II-1, I-2, III-3
Erro: Nesta alternativa, a fase II (Heteronomia) é incorretamente associada à descrição 1, que fala sobre regras imutáveis. A fase I (Anomia) está incorretamente associada à descrição 2, que implica entendimento de regras, o que não faz sentido para a anomia.
Alternativa C: III-1, II-2, I-3
Erro: A fase III (Autonomia) está incorretamente associada à descrição 1, que fala sobre regras imutáveis, o que é inconsistente com a autonomia, onde o entendimento é baseado em acordo mútuo. A fase II (Heteronomia) é corretamente associada a 2, mas a fase I (Anomia) está corretamente associada a 3, tornando esta alternativa parcialmente correta.
Alternativa D: II-1, III-2, I-3
Correto: Nesta alternativa, a fase II (Heteronomia) está corretamente associada à descrição 1, que menciona o interesse nas brincadeiras coletivas e as regras imutáveis. A fase III (Autonomia) está corretamente associada à descrição 2, que fala sobre o respeito mútuo pelas regras. Finalmente, a fase I (Anomia) está corretamente associada à descrição 3, onde não há seguimento de regras coletivas.
Espero que essa explicação tenha ajudado a esclarecer as diferenças entre as fases do desenvolvimento moral segundo Piaget e como elas se relacionam com o comportamento das crianças em jogos de regras. Se tiver mais dúvidas, estarei à disposição!
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Gabarito D) II-1, III-2, I-3
1 - Interesse nas brincadeiras coletivas e regras. Concebe as regras como algo imutável, imposto pela tradição.
II. Heteronomia: regras impostas coercitivamente
2. As crianças jogam com esmero pelas regras, e o respeito as regras é entendido como mútuo acordo entre os jogadores.
III. Autonomia
3. Não seguem as regras coletivas, interessarem-se pelo jogo para satisfazer seus interesses motores e suas fantasias simbólicas.
I. Anomia: ausência de regras e normas
anomia: negação da lei (egocentrismo, as necessidades determinam as normas de conduta);
heteronomia: a lei vem do exterior, do outro (há apenas obediência por medo da punição e a responsabilidade pelos atos é avaliada de acordo com as consequências das ações e não pelas intenções);
autonomia: capacidade de governar a si mesmo (consciência moral e legitimação das regras e a responsabilidade é proporcional à intenção e não às consequências dos atos);
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
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Gabarito: D
DESENVOLVIMENTO MORAL DO INDIVÍDUO (Piaget)
• ANOMIA – Crianças de até 6 anos não têm consciência de obrigatoriedade; PIAGET (1994) refere-se ao primeiro estágio da consciência das regras como puramente individual e egocêntrico. Salienta que, no decorrer do jogo, a criança joga bolinhas como bem entende, procurando satisfazer seus interesses motores ou sua fantasia simbólica.
• HETERONOMIA – entre 6 e 9 anos, a criança desenvolve interesse em participar de atividades coletivas e regradas. Percebe as regras como absolutas, imutáveis e rígidas; Aqui temos uma fonte externa moral, ou seja, eu preciso do outro para dizer o que é certo e errado e levo como regras absolutas.
•AUTONOMIA – a partir dos 10 anos, a criança desenvolve conceitos de igualdade e reciprocidade, em que as regras passam a ser percebidas como acordos sociais. Aqui temos o código interno moral, eu sei o que é certo e errado.
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