Segundo Maud Mannoni, (2004) a primeira entrevista em psica...
Um exemplo é o que Klein realizou, propondo-se a brincar sem objetivos pedagógicos, oferecendo a elas o que a psicanálise possui enquanto essência: a verdade oculta do inconsciente de cada sujeito.
Não se interpreta a transferência na primeira entrevista em psicanálise.
Alguém explica? Não entendi nada, a letra D foi a primeira que eu havia cortado. Como assim na primeira entrevista tem por finalidade confrontar?
Confrontar também não me pareceu a melhor palavra a ser aplicada, principalmente se estamos falando de psicanálise
A verdade é que mesmo indo por eliminação, a letra D pareceu estranha pela indicação de haver um confronto à posição do sujeito, ainda mais quando estamos diante de uma prática não diretiva, como a Entrevista em Psicanálise, comportando o livre discurso.
Mas, as outras alternativas estão piores.
A) impossibilidade de execução numa entrevista (nem mesmo caberia a atuação em torno do ser ou não "apto")
B) deve-se evitar a interpretação na Entrevista Psicanalítica
C) nada pertinente ao percurso analítico, quiçá numa entrevista.
D) alternativa correta
E) não pertinente com processo de entrevista, nem mesmo na clínica: processos são protagonizados pelo sujeito com a facilitação do analista (Holding: "sustentar"- muito presente na clínica do Winnicott)
Gab D
confrontar a posição do sujeito em seu mundo fantasmático frente à articulação significante;
Por exclusão, vamos lá:
A) conduzir o sujeito em direção ao seu bem-estar, tornando-o apto para o amor e o trabalho; Numa primeira sessão, o analisando vai ter seus problemas resolvidos, ficando apto para o amor e o trabalho ??? Não.
B) informar ao paciente suas projeções imaginárias sobre o analista e interpretar a transferência; Não se interpreta a transferência na primeira sessão.
C) atender à demanda inconsciente de amor do paciente, sugerindo uma significação para os seus sintomas; Não é função do terapeuta atender as demandas inconscientes de amor do paciente (ainda que essas demandas possam ser projetadas nele pelo mecanismo da transferência), sem sugerir significação numa primeira sessão;
E) fazer o holding para que o paciente saia do estado de não integrado em seu psiquismo para o de integrado. Holding, sustentação, integração não é com Freud e sim com Winnicott.
Logo, a única opção possível é o Gabarito, letra D.
Perceba, inclusive, que para a psicanálise o sujeito dá significados fantasmáticos aos seus sintomas e o terapeuta buscará, não apenas na primeira sessão como em todo o processo da análise, articular esses significados frente ao significante.
@jullyanameury.psi