... para lidar com a estrutura de possibilidades do tempo n...
Atenção: A questão abaixo baseia-se no texto
seguinte.
O tempo não perdoa o que se faz sem ele, costumava dizer Ulysses Guimarães, citando Joaquim Nabuco. Desse modo ensinava a importância na política do apropriado discernimento do momento oportuno. Não é fácil a identificação desse momento, pois, entre outras coisas, requer conjugar o tempo individual de um ator político com o tempo coletivo de um sistema político e de uma sociedade. Além disso, o tempo flui e é instável no seu movimento, e não só na política. É o caso do tempo na meteorologia, cada vez menos previsível por obra das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
A vasta reflexão dos pensadores, dos poetas e cientistas sobre o estatuto do tempo e seu entendimento aponta para uma complexidade que carrega no seu bojo o desafio de múltiplos significados, cabendo lembrar que a função da orientação é inerente à busca do saber a respeito do tempo. Assim, uma coisa é conhecer o tempo do relógio, que molda o mensurável de uma jornada de trabalho. Outra coisa é lidar com a não mensurável duração do tempo vivido, que perdura na consciência, e não se confunde, por sua vez, com o tempo do Direito, que é o tempo normatizado dos prazos, dos recursos, da prescrição, da coisa julgada, da vigência das leis e do drama cotidiano da lentidão da Justiça.
A busca do saber sobre o tempo tem, como mencionei, uma função de orientação. Neste século XXI, é preciso parar para pensar a vertiginosa instantaneidade dos tempos e os problemas da sua sincronização, que a revolução digital vem intensificando.
A tradicional sabedoria dos provérbios portugueses
diferencia o tempo do falcão e o tempo da coruja. O tempo do
falcão é o da rapidez e da violência. É este o tempo que nos
cerca. O tempo da coruja é o da sabedoria − a sabedoria que
nos falta para lidar com a estrutura de possibilidades do tempo
no mundo em que estamos inseridos.
(Celso Lafer. Trecho, com adaptações, de artigo publicado em
O Estado de S. Paulo, 20 de novembro de 2011. A2, Espaço
Aberto)
A lacuna que deverá ser preenchida pela expressão grifada acima está em:
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Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
-nesse caso, quem pede a regencia EM é o verbo inserir..inserido EM algum lugar. dese modo temos:
a) A sabedoria ...... necessitamos para solucionar problemas cotidianos deverá ser buscada sempre.
ERRADO. quem necessita necessita DE algo. a sabedoria DE que necessito.
b) As medidas a serem tomadas ...... se chegue à solução dos conflitos serão anunciadas no momento oportuno.
ERRADO. PARA que. se eu nao me engano, tem valor de finalidade.
c) As expectativas da sociedade nem sempre se realizam diante das dificuldades mais amplas ...... se defrontam os governantes.
ERRADO. se defrontar COM. mais amplas COM que se defrontam
d) A época ...... vivemos, assolada pela revolução tecnológica, embaralha a sincronização dos fatos.
CERTO.viver EM / ONDE. como o pronome ONDE não admite a preposição EM antes(EM ONDE), so será admitido a preposição EM que.seria possivel tambem o pronome relativo na qual.
e) A conclusão ...... podemos chegar, diante da instabilidade política em algumas regiões, é a de que falta sabedoria aos governantes
ERRADO.chegar A. chegar a uma conclusao.
Ah, tem que baixar tudo pra descompactar e não é preciso baixar as aulas 4a e 4b, pois são repetidas, mas a 6a tem que baixar.
Amigos, não deixem de assistir, são poucas aulas de umas hora e vinte, o material é velho, mas não vão se arrepender.
http://web-concursos.blogspot.com.br/2009/05/video-aulas-portugues-renato-aquino.html
Note que se trata de mais uma questãozinha cobrando o uso correto dos pronomes relativos e a adequada regência associada à oração subordinada. Analisando as alternativas:
Alternativa (A): A sabedoria DE QUE necessitamos para solucionar problemas cotidianos deverá ser buscada sempre. O motivo pelo qual utilizamos a preposição “de” antes do pronome relativo “que” diz respeito à exigência feita pelo verbo da oração subordinada, “necessitar” (Necessita de alguma coisa).
Alternativa (B): As medidas a serem tomadas PARA QUE se chegue à solução dos conflitos serão anunciadas no momento oportuno. Neste caso, não estamos trabalhando com um pronome relativo, mas com uma locução subordinativa de finalidade (para que = afim de que = com o objetivo de).
Alternativa (C): As expectativas da sociedade nem sempre se realizam diante das dificuldades mais amplas COM QUE se defrontam os governantes. A preposição “com” deve aparecer antes do pronome relativo “que” devido à exigência do verbo da oração subordinada “defrontar-se” (Defrontar-se com alguma coisa)
Alternativa (D): A época EM QUE vivemos, assolada pela revolução tecnológica, embaralha a sincronização dos fatos. O verbo da oração subordinada “viver” exige a presença da preposição “em” antes do pronome relativo (Viver em algum lugar). ALTERNATIVA CORRETA
Alternativa (E): A conclusão A QUE podemos chegar, diante da instabilidade política em algumas regiões, é a de que falta sabedoria aos governantes. A regência da locução verbal “podemos chegar”, encontrada na oração subordinada, exige a presença da preposição “a” antes do pronome relativo.
Procure o verbo que pede a preposição EM e morreu a questão! Quem vive, vive EM algum lugar
Decepcionada com Q concursos em uma questão dessa super mega dificil , não colocarem um comentário do professor !!!!!
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