O aquecimento nas aulas de educação física serve, também, pa...

Gabarito: B

Vamos entender a questão e o conceito abordado!

O aquecimento nas aulas de educação física é fundamental para preparar o corpo para o exercício, promovendo uma série de adaptações fisiológicas que permitem a transição do estado de repouso para o estado de exercício. Um dos conceitos importantes dentro dessa transição é o débito de oxigênio.

O termo débito de oxigênio refere-se à diferença entre a quantidade de oxigênio que o corpo consome nos primeiros minutos de exercício e a quantidade que ele realmente necessita para realizar a atividade de forma estável. Vamos analisar cada alternativa para entender melhor.

A. o retardo na captação e consumo do oxigênio durante a fase de estado estável, depois que as fontes aeróbicas de produção de energia tenham sido ativadas.

Esta alternativa está incorreta. O déficit de oxigênio ocorre antes do estado estável ser atingido, não durante. Ele se refere especificamente à fase de transição onde o consumo de oxigênio ainda não atingiu o nível necessário para sustentar o exercício de forma contínua.

B. a diferença entre o consumo de oxigênio nos primeiros minutos de exercício (até 4 minutos) e o consumo de oxigênio alcançado após a entrada no estado estável.

Esta é a alternativa correta! O déficit de oxigênio é exatamente essa diferença citada. Nos primeiros minutos de exercício, o corpo utiliza sistemas anaeróbicos para suprir a energia, até que o consumo de oxigênio aumente e atinja o nível necessário para a fase de estado estável.

C. a ativação das vias de glicólise para a transição bioenergética responsável pela manutenção do exercício que compreendam tempos de até 20 minutos de exercício moderado.

Alternativa incorreta. A ativação das vias de glicólise é um processo bioenergético que ocorre, mas não define o déficit de oxigênio. Este se refere especificamente à diferença no consumo de oxigênio nos primeiros minutos comparado ao estado estável.

D. a demanda causada pelo exercício intenso, nas fases de desenvolvimento e produção de energia, que gera a necessidade de aumento da frequência respiratória indeterminada.

Alternativa incorreta. Embora o exercício intenso aumente a demanda de oxigênio e a frequência respiratória, o conceito de déficit de oxigênio é mais específico, referindo-se à diferença no consumo de oxigênio antes e durante o estado estável.

Compreender o déficit de oxigênio é crucial para otimizar o aquecimento e a performance física, pois permite ajustar a intensidade e a duração das atividades iniciais até que o corpo entre no estado estável.

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O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) ou a capacidade aeróbica máxima envolve o engajamento completo do sistema aeróbico. Este é o limite superior da habilidade de um indivíduo para consumir oxigênio. O sistema aeróbico é o sistema energético predominante utilizado em exercícios com duração maior que 3 minutos.(LIEBMAN; WILKINSON capud WOLINSKY,2002) A energia liberada na glicólise é rápida e não requer oxigênio, porém relativamente pouco ATP é ressintetizado por esse mecanismo. (McARDLE,1998) O aumento na captação de oxigênio que resulta do exercício exibirá sempre certo retardo com relação ao dispêndio de energia, em virtude de demora inicial na produção de substrato oxidável com o qual o oxigênio possa combinar-se. O oxigênio torna-se importante nas reações subseqüentes de transferência de energia quando passa a funcionar como receptor de elétrons e combina-se com os hidrogênios gerados na glicólise, na oxidação beta dos ácidos graxos ou nas reações do Ciclo de Krebs. Entretanto, em alguns minutos de exercício submáximo, a produção de hidrogênio passa a ser proporcional à intensidade do exercício e à captação de oxigênio, em que se alcança ritmo estável no metabolismo aeróbico. O déficit de oxigênio pode ser considerado quantitativamente como a diferença entre o oxigênio total realmente consumido durante o exercício e o total que teria sido consumido se houvesse sido alcançado ritmo estável de metabolismo aeróbico desde o início. (McARDLE,1998)