Homem, 35 anos, procura atendimento médico por notar esclera...

A alternativa correta é a E.

O caso clínico apresentado descreve um paciente com icterícia, sem outros sintomas de síndrome colestática, como dor abdominal, prurido ou alterações urinárias significativas. O fator recente de uso de antibióticos é relevante, mas o paciente também é HSH, o que aumenta o risco de infecções virais transmissíveis por via oral-anal, como a hepatite A. A ultrassonografia normal e os exames laboratoriais, com bilirrubinas direta e indireta elevadas, sugerem uma lesão colestática. Além disso, o padrão colestático é indicado pelo aumento significativo de Gama-GT e fosfatase alcalina.

A hepatite A é uma consideração importante, especialmente por conta do mecanismo de transmissão fecal-oral, sendo crucial para pacientes com fatores de risco como o descrito. A prevenção e medidas de higiene são fundamentais nesse contexto.

Justificativas para as alternativas incorretas:

A: A hemocromatose e o exame ATP7B são mais relacionados ao diagnóstico de doença de Wilson, mas o paciente não apresenta os achados típicos de hemocromatose, como pele hiperpigmentada ou diabetes. Os valores laboratoriais não estão alinhados com essa condição.

B: A colangite biliar primária geralmente se apresenta com aumento de FA e Gama-GT, mas também com sintomas como prurido intenso, o que não é relatado neste caso. Além disso, a terapia padrão não envolve azatioprina.

C: A hepatite medicamentosa é uma consideração, mas o tratamento inicial não envolve corticoterapia e anti-inflamatórios não-esteroidais. A principal ação seria a descontinuação da droga suspeita.

D: A doença de Wilson é considerada, especialmente em jovens, mas geralmente apresenta fosfatase alcalina normal ou diminuída, o que não é o caso aqui. Este diagnóstico diferencial não se encaixa bem no caso apresentado.

E: A resposta correta, a investigação das hepatites virais, especialmente a hepatite A, é justificada pelo contexto clínico e epidemiológico do paciente. O risco aumentado devido ao comportamento sexual e o padrão colestático observado nos exames laboratoriais reforçam essa linha diagnóstica.

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