O milho (Zea mays) é uma espécie vegetal bem adaptada às ...
O segredo do milho em ser mais eficiente na captura de CO2, mesmo em altas concentrações de 02, está no fato da espécie utilizar do mecanismo de fotossintese C4.
A alternativa correta é a Alternativa A: "pode captar dióxido de carbono também por células do mesófilo das folhas, mesmo com alta concentração de oxigênio".
Vamos entender o motivo:
O milho (Zea mays) é uma planta que realiza um tipo especial de fotossíntese conhecido como fotossíntese C4. Diferente das plantas C3, que fixam o dióxido de carbono (CO2) diretamente no ciclo de Calvin, as plantas C4 têm um mecanismo adaptado para minimizar a fotorrespiração e maximizar a eficiência da fotossíntese em condições de alta intensidade luminosa, altas temperaturas e restrição hídrica.
No processo C4, o CO2 é inicialmente fixado em uma molécula de quatro carbonos (oxaloacetato) nas células do mesófilo. Esta molécula é, então, transportada para as células da bainha do feixe, onde o CO2 é liberado para ser utilizado no ciclo de Calvin. Esse mecanismo permite uma maior concentração de CO2 nas células da bainha do feixe, reduzindo a taxa de fotorrespiração, que é um processo ineficiente que ocorre em altas concentrações de oxigênio.
Alternativa A está correta porque descreve precisamente uma adaptabilidade das plantas C4: a habilidade de captar e concentrar CO2 nas células do mesófilo, mesmo sob alta concentração de oxigênio, o que é crucial para manter a eficiência fotossintética em ambientes adversos.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
Alternativa B: "aumenta a taxa de fotorrespiração, mesmo que a razão entre oxigênio e dióxido de carbono se mantenha alta nas células".
Essa alternativa está incorreta. O principal objetivo da via C4 é reduzir a fotorrespiração, não aumentá-la. A fotorrespiração é um processo que desperdiça energia e carbono, e plantas C4, como o milho, têm adaptações específicas para minimizar esse processo.
Alternativa C: "fixa o carbono inicialmente em moléculas de oxaloacetato, já que apresentam alto nível de sensibilidade ao oxigênio".
Embora seja verdade que as plantas C4 fixam o carbono inicialmente em oxaloacetato, a justificativa está incorreta. A razão para essa adaptação não é uma alta sensibilidade ao oxigênio, mas sim a necessidade de evitar a fotorrespiração, otimizando a fotossíntese em condições ambientais desafiadoras.
Alternativa D: "deve obter carbono inicialmente pelas células da bainha do feixe, já que só abrem seus estômatos à noite, para obter oxigênio".
Esta alternativa também está incorreta. As plantas C4, como o milho, realizam a fixação do CO2 inicialmente nas células do mesófilo e não dependem da abertura dos estômatos à noite para obter oxigênio. A abertura dos estômatos à noite está mais associada às plantas CAM (outra adaptação fotossintética), que não é o caso do milho.
Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre o tema. Caso precise de mais alguma ajuda, estou à disposição!