Sobre o Estado de Exceção no Brasil, no que tange ao golpe ...
- Gabarito Comentado (1)
- Aulas (8)
- Comentários (1)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Vamos analisar o tema da questão sobre o Estado de Exceção no Brasil, especialmente no contexto do golpe civil-militar de 1964 e suas relações internacionais.
A alternativa correta é a alternativa A. Agora, vamos entender o porquê e justificar as outras alternativas incorretas.
Alternativa A: As empresas multinacionais no Brasil desejavam compartilhar do governo político e moldar a opinião pública.
Essa afirmação está correta. Durante o regime militar, as empresas multinacionais tiveram um papel significativo na economia brasileira e procuraram influenciar as políticas governamentais. Elas estavam interessadas em um ambiente político estável, que favorecesse seus investimentos e operações. Além disso, houve um esforço substancial das multinacionais em moldar a opinião pública a favor do regime e de suas políticas econômicas.
Alternativas incorretas:
Alternativa B: As corporações multinacionais no Brasil não interviam diretamente no sistema e regime político brasileiro.
Essa afirmação está incorreta. Ao contrário do que é sugerido, as corporações multinacionais tinham, sim, um papel influente no sistema político brasileiro. Elas buscavam garantir um ambiente favorável para seus negócios, o que muitas vezes significava apoio ao regime militar, que prometia estabilidade e combate ao comunismo.
Alternativa C: Com a força do capital multinacional, o latifúndio tradicional deixou de ser um fator poderoso de contenção política.
Essa afirmação também está incorreta. Embora o capital multinacional tenha ganhado força, o latifúndio tradicional continuou a ser um fator importante na política brasileira. Os grandes proprietários de terra mantiveram sua influência, e muitos deles apoiaram o regime militar para preservar seus interesses econômicos e sociais.
Alternativa D: Os interesses multinacionais e associados intervieram nas eleições presidenciais de 1960, apoiando João Goulart.
Essa alternativa está errada. João Goulart, que assumiu a presidência em 1961 após a renúncia de Jânio Quadros, era visto com desconfiança pelas multinacionais e pelos setores conservadores devido à sua agenda reformista e nacionalista. Na realidade, os interesses multinacionais estavam mais alinhados com os grupos que apoiaram o golpe de 1964 para destituir Goulart.
Alternativa E: Os empreendimentos transnacionais e nacionais de grande escala não agiram como um bloco de poder.
Essa afirmação é incorreta porque, no contexto do golpe de 1964 e do subsequente regime militar, havia uma articulação considerável entre interesses transnacionais e setores empresariais nacionais. Juntos, esses grupos formaram um bloco de poder que apoiou e se beneficiou do regime autoritário.
Com esses comentários, espero que você tenha compreendido melhor a dinâmica das relações internacionais e econômicas durante o regime militar no Brasil. Qualquer dúvida, estarei à disposição para ajudar!
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•
A. As empresas multinacionais no Brasil desejavam compartilhar do governo político e moldar a opinião pública. ✅
Durante o período que levou ao golpe de 1964, houve uma significativa influência das empresas multinacionais e dos interesses internacionais, especialmente dos Estados Unidos, que buscaram moldar a política brasileira de forma a garantir um ambiente favorável aos seus interesses econômicos e políticos. Isso incluiu apoiar o golpe militar que destituiu o presidente João Goulart, que era visto como uma ameaça devido às suas políticas nacionalistas e reformas de base.
Erro das demais:
B. As corporações multinacionais no Brasil não interviam diretamente no sistema e regime político brasileiro. ❌
As corporações multinacionais, juntamente com os governos estrangeiros, especialmente o dos Estados Unidos, tiveram um papel ativo na política brasileira. Eles influenciaram e apoiaram o golpe militar de 1964 para criar um ambiente mais favorável aos seus interesses econômicos e políticos.
C. Com a força do capital multinacional, o latifúndio tradicional deixou de ser um fator poderoso de contenção política. ❌
Apesar da crescente influência do capital multinacional, o latifúndio tradicional continuou a ser um fator poderoso de contenção política no Brasil. A aliança entre os interesses das grandes propriedades rurais e os militares foi fundamental para a manutenção do regime autoritário.
D. Os interesses multinacionais e associados intervieram nas eleições presidenciais de 1960, apoiando João Goulart. ❌
Os interesses multinacionais não apoiaram João Goulart. Na verdade, eles se opuseram a ele devido às suas políticas nacionalistas e de reforma agrária, que eram vistas como uma ameaça aos seus interesses. João Goulart enfrentou forte oposição das elites econômicas e políticas.
E. Os empreendimentos transnacionais e nacionais de grande escala não agiram como um bloco de poder. ❌
Os empreendimentos transnacionais e nacionais de grande escala muitas vezes atuaram como um bloco de poder. Eles colaboraram para promover e apoiar o golpe militar de 1964, buscando criar um ambiente político e econômico favorável aos seus interesses, resultando na formação de uma aliança que sustentou o regime militar.
.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo