Sobre a possibilidade de uma entidade da Administração Públ...
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É a pura letra de lei do artigo 37, parágrafo 8 , CF: " A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para órgão ou entidade, cabendo a lei dispor sobre ..."
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
CONCEITUAÇÃO DO CONTRATO DE GESTÃO
A
primeira utilização do termo contrato de gestão em nosso ordenamento jurídico
ocorreu com Decreto 137 de 21.5.91. Mas, a primeira vez que apareceu numa
legislação formal foi na Lei 8246 de 22.10.91. Vários autores apresentaram uma
conceituação acerca do tema. Dentre elas destacamos a de Hely Lopes Meirelles
(2001, p.252), que entende que o contrato de gestão é: Um elemento estratégico para a reforma do aparelho administrativo
[...] cuja FINALIDADE básica é possibilitar à Administração Superior a fixação
de metas e prazos para a execução a serem cumpridos pela entidade privada ou
pelo ente da Administração Indireta, a fim de permitir melhor controle de
resultado.
O contrato de gestão, apesar de ter sido denominado na legislação como contrato, não possui as características intrínsecas da teoria geral do contrato, já que apenas instrumentaliza parcerias com o contratado, constituindo, na verdade, um autêntico acordo operacional (ROSA, 2003, p.120), convênio (JUSTEN FILHO, 2006, p. 140) , não submetendo a parte aos interesses da outra. Ao contrário, almejam interesses comuns, apenas separando as partes em prestações diversas, tendo de um lado a obrigação do cumprimento de metas e programas estipulados neles, e na outra, em contrapartida o poder público concederá benefícios estatais, podendo constituir recursos públicos.
São classificados como falsos contratos, se analisados dentro de um contexto de legislação brasileira. Na realidade, tal denominação teve como base o direito administrativo francês (BANDEIRA DE MELLO, 2004, p. 210), cuja legislação o classificou como contrato. O legislador brasileiro, utilizando-se dessa prática rotineira, buscou na legislação estrangeira um instituto que produzira efeitos positivos para aquela sociedade, mas sem adaptá-lo a nossa realidade, a nossa legislação vigente.
Faremos
uma rápida diferenciação acerca dos
contratos de gestão realizados
pelas entidades da Administração Indireta e os das Organizações
Sociais. Nos primeiros, quando realizados, seu objetivo é a da
ampliação da autonomia das Agências Executivas, por outro lado, os das
organizações sociais a tendência é a restrição dessa autonomia, já que
terão que submeter a um rol de requisitos para receber tal denominação do Poder
Público(DI PIETRO, 2002, p. 291). COM O FAZIMENTO DESSES CONTRATOS, DE UM LADO
A PARTE RECEBERÁ UMA MAIOR AUTONOMIA EM SUAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS, COMO
AS GERENCIAIS, ORÇAMENTÁRIAS, POR EXEMPLO, FAZENDO COM QUE POSSUAM UMA MAIOR
EFICIÊNCIA EM SEUS SERVIÇOS, E DOUTRO EM CONTRAPARTIDA, DEVERÃO SE SUBMETER A
UM RÍGIDO CONTROLE ESTATAL, PARA QUE POSSAM FAZER JUS A TAIS BENEFÍCIOS.
Fonte: http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/20070-20071-1-PB.pdf
Aconselho a ler o "post" do Rodrigo S para aprofundar mais sobre o tema.
Gabarito = Letra B
Conforme §8º, Art.37, CF/88:
A autonomia FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIA E GERENCIAL de ORGÃOS e ENTIDADES da Administração DIRETA e INDIRETA poderá ser ampliada mediante contrato entre seus ADMINISTRADORES e o PODER PÚBLICO, tendo por objeto a fixação de metas de desempenho.
> A lei só vai dispor sobre:
>> Prazo de duração do contrato
>> Controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidades dos DIRIGENTES.
>> Remuneração do pessoal
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