... do antigo ginásio até a década de 70, e era ensinada co...

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Q221447 Português

Atenção: A questão abaixo baseia-se no texto seguinte.

Um conjunto recente de pesquisas na área da neurociência sugere uma reflexão acerca dos efeitos devastadores do computador sobre a tradição da escrita em papel. Por meio da observação do cérebro de crianças e adultos, verificou-se de forma bastante clara que a escrita de próprio punho provoca, na região dedicada ao processamento das informações armazenadas na memória, uma atividade significativamente mais intensa do que a da digitação, o que tem conexão direta com a elaboração e a expressão de ideias. Está provado também que o ato de escrever desencadeia ligações entre os neurônios naquela parte do cérebro que faz o reconhecimento visual das palavras, contribuindo assim para a fluidez da leitura. Com a digitação, essa área fica inativa.
Na Antiguidade, os egípcios tinham nas letras um objeto sagrado, inventado pelos deuses. Sinônimo de status, a caligrafia irretocável foi por séculos na China um pré-requisito para ingressar na prestigiada carreira pública. No Brasil, a caligrafia constava entre as habilidades avaliadas nos exames de admissão do antigo ginásio até a década de 70, e era ensinada com esmero na sala de aula.
O hábito da escrita vem caindo em desuso à medida que o computador se dissemina. Até aqui a palavra foi eternizada em papel (ou pedra, pergaminho, papiro), que se encarregou de registrar a história da humanidade. O computador traz nova dimensão à aquisição de conhecimentos e à interação entre as gerações que chegam aos bancos escolares. Para elas, escrever à mão corre o risco de se tornar apenas mais um registro do passado guardado em arquivo digital.
(Luís Guilherme Barrucho. Veja, 27 de julho de 2011. p. 94, com adaptações)  




... do antigo ginásio até a década de 70, e era ensinada com esmero na sala de aula. (final do 2o parágrafo)

A forma verbal que mantém o sentido e a correção da que está grifada acima é:
Alternativas

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Recorrendo ao texto:

"(...) a caligrafia constava entre as habilidades avaliadas nos exames de admissão do antigo ginásio até a década de 70, e era ensinada com esmero na sala de aula."

"a caligrafia constava ... e era ensinada"

Note que a caligrafia é sujeito paciente. Uma ação passiva ocorrida no passado.
A resposta certa é a (B).

[]s
A caligrafia era ensinada.

A caligrafia = sujeito

era ensinada = voz passiva analítica.

Para manter o mesmo sentido e correção: manter a voz passiva passando para a passiva sintética

Ensinava-se a caligrafia. 

Note que para passar para a voz passiva sintética (que não possui agente da passiva) se introduz a partícula apassivadora 'se', que não existe na voz analítica. Note também que a introdução desse pronome apassivador só é possível nos verbos transitivos diretos e bitransitivos (quem ensina, ensina algo a alguém). 

A escrita ensinava-se pode ser substituída por se ensinava, já que não é caso de ênclise obrigatória (foi na minha frase 'Ensinava-se a caligrafia' pois não a escrevi do início - comecei com o verbo).

Bons estudos.
Errei esta, mas discordo da próclise após conetivo.
Ensinava-se seria o mais adequado.

Galera, acredito que ENSINAVA-SE está errado pelo fato de que O PARTICIPIO NUNCA ACEITA ENCLISE...
Por isso que a alternativa "B" usou a PROCLISE. Se eu estiver errado podem corrigir-me.

Peguei essa explicação aqui de uma professora sobre vozes do verbo! é Simples e fácil:Como já é do nosso conhecimento, a classe gramatical ora denominada de“verbo” é aquela, dentre as demais, que mais apresenta flexões. Tais flexões referem-se a tempo, modo, pessoa, número e voz.

Dando ênfase às vozes do verbo, torna-se importante ressaltar que as mesmas estão diretamente ligadas à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito.

No objetivo de compreendermos melhor como se forma todo este processo, as estudaremos detalhadamente, priorizando conceitos seguidos de seus respectivos exemplos:

Voz ativa
Neste caso, o sujeito é o agente da ação verbal, ou seja, é ele quem a pratica. Observemos o exemplo:
O repórter leu a notícia
Sujeito agente Verbo na voz ativa

Voz passiva
Nela, a situação se inverte, pois o sujeito torna-se paciente, isto é, ele sofre a ação expressa pelo fato verbal. Vejamos:
A notícia foi lida pelo repórter
Sujeito paciente Verbo na voz passiva

Podemos perceber que o agente, neste caso, foi o repórter, que praticou a ação de ler a notícia.

A voz passiva apresenta-se em dois aspectos:

Voz passiva sintética – Formada por um verbo transitivo direto (ou direto e indireto) na terceira pessoa (do singular ou plural) mais o pronome “se” (apassivador).

Exemplo:
Praticaram-se ações solidárias
Voz passiva sintética Sujeito paciente

Voz passiva analítica – Formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo direto (ou direto e indireto).

Exemplo:
Ações solidárias foram praticadas
Sujeito paciente Voz passiva analítica
  foram – verbo ser / praticadas - particípio

Voz reflexiva
Ocorre quando o sujeito é agente e paciente ao mesmo tempo, ou seja, ele tanto pratica quanto recebe a ação expressa pelo verbo. Conforme demonstrado a seguir:
A garota penteou-se diante do espelho
Sujeito agente Verbo na voz reflexiva
É importante entendermos que desta forma a garota praticou a ação de pentear-se e recebeu a ação de ser penteada.


Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

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