O texto de Miguel trata da discussão teórica da identidade e da diferença entre o feminino e a mulher
e aponta a construção do conceito de gênero como:

Question

A mulher é o sujeito do feminismo, mas a categoria “mulher” foi construída em meio a relações marcadas pelo patriarcado e pela dominação masculina [...] Em suma, um ideal convencional de feminilidade permanece atuante, mesmo entre autoras e autores capazes de compreender o trabalho social
de conformação das mulheres aos papéis tradicionais a elas atribuídos.
A solução encontrada para o problema passou pela distinção entre sexo e gênero, que se tornou
central para o feminismo, com o primeiro termo se referindo ao fenômeno biológico e o segundo, à
construção social. O par sexo/gênero codifica o “não se nasce mulher, torna-se mulher” de Simone de
Beauvoir: o que aceitamos como “a feminilidade” não é a expressão de uma natureza, mas o resultado
do trabalho de pressões, constrangimentos e expectativas sociais. (MIGUEL, Luis Felipe. A Identidade
e a Diferença. In.: MIGUEL, Luís Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e Política. São Paulo: BoiTempo,
2014, p. 79) O texto de Miguel trata da discussão teórica da identidade e da diferença entre o feminino e a mulher
e aponta a construção do conceito de gênero como: Alternativa A: Avanço. Mostrou para o movimento feminista que é preciso superar o “ser mulher”, discriminada,
assumindo papéis masculinos e masculinizados. Ou Alternativa B: Explicação. Leva a compreensão das diferenças entre os sexos e do papel da constituição física
na configuração de cada um em sociedade. Ou Alternativa C: Inovação. Estabelece uma condição cultural para a formação do que é ser homem e o que é ser
mulher nos gostos, modos de ser e habilidades sociais. Ou Alternativa D: Politização. Propôs uma plataforma para as ações das mulheres na sua luta por igualdade, como
o direito de fumar e se libertar do sutiã. Ou Alternativa E: Solução. A partir de uma construção social do que é tornar-se mulher, na acepção de Beauvoir,
considerando mais do que condição biológica apenas.

Qconcursos · Accepted Answer

Alternativa [E] Solução. A partir de uma construção social do que é tornar-se mulher, na acepção de Beauvoir,
considerando mais do que condição biológica apenas. Alternativa Correta: E - Solução

A alternativa E está correta porque aborda a ideia central discutida no texto de apoio, que é a distinção entre sexo e gênero. Essa é uma noção fundamental no feminismo, especialmente a partir da obra de Simone de Beauvoir, que afirma que "não se nasce mulher, torna-se mulher". Essa frase sublinha que a feminilidade é uma construção social, não apenas uma condição biológica.

Explicação do Tema Central:
O tema central da questão é a construção social de gênero, um conceito crucial no feminismo contemporâneo. A compreensão de que gênero é diferente de sexo permite que se reconheça que as identidades e os papéis de gênero são moldados por normas e expectativas sociais, e não simplesmente por fatores biológicos. Isso é importante para desafiar e desconstruir estereótipos de gênero que perpetuam desigualdades.

Justificativa da Alternativa Correta (E):
A alternativa E menciona a “construção social do que é tornar-se mulher, na acepção de Beauvoir”, que é exatamente o ponto central do texto discutido. A obra de Simone de Beauvoir enfatiza que ser mulher é resultado de pressões sociais e não de uma condição puramente biológica, o que está de acordo com a discussão teórica apresentada no texto de apoio.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Avanço: Esta opção sugere que a solução para a discriminação seria assumir papéis masculinos, o que não está relacionado à distinção entre sexo e gênero discutida no texto.

B - Explicação: Foca nas diferenças biológicas e nos papéis físicos, não abordando a construção social do gênero, que é o ponto central do texto.

C - Inovação: Embora mencione uma condição cultural, não foca na ideia de que se "torna-se mulher" por meio de construções sociais, que é a essência da teoria discutida.

D - Politização: Trata de ações específicas de libertação feminina, como fumar ou se libertar do sutiã, sem discutir a construção social de gênero.

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