É considerado um fator relevante que se contrapõe à lógica ...
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Gabarito comentado
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A Teoria da Equivalência Ricardiana postula que uma redução de impostos no presente, por exemplo, fará com que os agentes privados destinem esse excesso de renda para a poupança e não para o consumo presente, uma vez que antecipam uma elevação dos impostos no futuro para compensar a redução tributária de agora.
Portanto, as decisões são de dividir a renda entre consumo e poupança considerando o futuro a fim de manter um padrão de consumo estável ao longo do tempo. O esquema a seguir ilustra o pensamento de Ricardo.
Presente: redução impostos > elevação renda > aumento poupança > consumo atual estável
Futuro: elevação impostos > redução renda > diminuição poupança > consumo futuro estável
A) CERTA: O argumento por detrás desta alternativa se refere à impossibilidade de alguns consumidores tomarem recursos emprestados devido à restrição de crédito que enfrentam. O consumo, nestes casos, limita-se à renda corrente e não à permanente.
A redução de impostos por parte do governo eleva o consumo desse grupo no presente, pois funciona como se fosse um "empréstimo" do setor público. A elevação da renda no presente, devido ao alívio tributário, não se destina à formação de poupança para pagar impostos no futuro, mas ao aumento do consumo atual. Ainda que o consumo do futuro tenha que ser reduzido para quitar o "empréstimo" governamental;
B) ERRADA C/ RESSALVA: Na concepção da Equivalência Ricardiana, uma redução dos impostos altera a poupança privada, elevando-a no presente para a reduzir no futuro. De certa forma, esta alternativa dialoga com a anterior como sendo correta também. Por um lado, caberia uma tentativa de recurso para anulação, mas, por outro, a letra A é "mais" correta, já que esta descreve apenas uma consequência da restrição de crédito;
C) ERRADA: Política fiscal não ter qualquer impacto sobre o produto é, exatamente, o que a Equivalência Ricardiana propõe; logo não há contraposição, mas confirmação;
D) ERRADA: Como vimos, a Equivalência Ricardiana afirma que uma redução dos impostos não altera o consumo privado, por isso a ineficácia da política fiscal expansionista; logo não há contraposição, mas confirmação. Percebam a diferença sutil entre esta (que está incorreta) e a letra B (que pode ser interpretada como correta também), o que possibilita uma tentativa de recurso para anulação;
E) ERRADA: O argumento da Equivalência Ricardiana é, justamente, expor que a ocorrência de déficit público não tem qualquer papel sobre a atividade econômica; logo não há contraposição, mas confirmação mais uma vez.
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA A.
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Comentários
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à lógica básica da equivalência ricardiana diz que os consumidores são racionais e que alterações de tributos no presente não alteram o consumo no presente.
A única resposta que se contrapõe a equivalência ricardiana = Letra A
A equivalência ricardiana é uma teoria econômica que afirma que um aumento dos gastos do governo não afeta a demanda agregada, pois os consumidores compensarão o aumento dos impostos com um aumento do consumo. Essa teoria se baseia na premissa de que os consumidores são racionais e antecipam o aumento dos impostos futuros. Como resultado, eles irão economizar mais no presente para compensar o aumento dos impostos futuros.
No entanto, a restrição de crédito pode tornar essa premissa falsa. Se os consumidores não tiverem acesso ao crédito, eles não poderão economizar mais no presente para compensar o aumento dos impostos futuros. Isso ocorre porque os consumidores precisam de crédito para financiar suas compras, como carros, casas e educação. Se eles não tiverem acesso ao crédito, eles não poderão comprar esses bens e serviços, o que reduzirá a demanda agregada.
Além disso, a restrição de crédito pode levar os consumidores a gastar mais no presente, pois eles temem que não tenham acesso ao crédito no futuro. Isso também pode reduzir a demanda agregada, pois o consumo no presente é substituído pelo consumo no futuro.
De acordo com a equivalência ricardiana, esse corte de impostos aumentará a demanda agregada, pois os consumidores gastarão mais no presente. No entanto, se os consumidores não tiverem acesso ao crédito, eles não poderão gastar mais no presente. Como resultado, o corte de impostos não terá um efeito significativo na demanda agregada.
Não consigo entender uma coisa nessa questão.. na Equivalência Ricardiana, uma redução nos impostos hoje, causará elevação renda, que causará aumento da poupança, que deixará consumo atual estável (prevendo um aumento dos impostos no futuro).
Se eu estou conseguindo aumentar minha poupança hoje por meio de uma renda maior, e meu consumo é estável, qual o sentido de eu ir atrás de crédito?
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