As cidades de Itabira e Timóteo possuem muitas característic...
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Ano: 2024
Banca:
FCM
Órgão:
Prefeitura de Timóteo - MG
Prova:
FCM - 2024 - Prefeitura de Timóteo - MG - Técnico em Enfermagem do Trabalho |
Q2461954
Atualidades
As cidades de Itabira e Timóteo possuem muitas características comuns: a relação direta com a produção de
ferro e aço, a proximidade geográfica, a cultura mineira e os desafios sociais e ambientais.
É originário de Itabira um dos maiores poetas do século XX no Brasil. No poema a seguir, esse poeta comenta sobre o cotidiano e os traços psicológicos do viver em Itabira e no interior de Minas Gerais.
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói !
O poeta mineiro citado, autor do poema “Confidência do Itabirano”, é:
É originário de Itabira um dos maiores poetas do século XX no Brasil. No poema a seguir, esse poeta comenta sobre o cotidiano e os traços psicológicos do viver em Itabira e no interior de Minas Gerais.
Confidência do Itabirano
Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói !
O poeta mineiro citado, autor do poema “Confidência do Itabirano”, é: