Com a produção em escala industrial, comprar um espelho fic...

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Q1068832 Português
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    A vida sem espelhos Provavelmente você dá uma olhada no espelho antes de sair de casa. Dentro de um elevador de paredes espelhadas, é certo que aproveita para ajeitar a roupa ou o cabelo. As superfícies que refletem a luz são tão fáceis de serem encontradas no ambiente urbano que é difícil imaginar o quanto elas foram disputadas no passado.
    Tudo indica que a primeira vez que o ser humano viu seu reflexo foi na água. Isso deve ter mudado por volta de 3000 a.C., quando povos da atual região do Irã passaram a usar areia para polir metais e pedras. Esses espelhos refletiam apenas contornos e formas. As imagens não eram nítidas, e o metal oxidava com facilidade.
     Pouco mudou até o fim do século 13. Nessa época, o homem já dominava técnicas de fabricação do vidro, mas as peças eram claras demais, e por isso não tinham nitidez. Até que, em Veneza, alguém teve a ideia de unir o vidro a chapas de metal. “Os espelhos dessa época têm uma pequena camada metálica na parte posterior do vidro. Assim, a imagem ficava nítida, e o metal não oxidava por ser protegido pelo vidro”, diz Claudio Furukawa, pesquisador do Instituto de Física da USP. Surgia assim o espelho como o conhecemos até hoje.
    Mas este era um produto raro e caro. Os chamados espelhos venezianos eram mais valiosos que navios de guerra ou pinturas de gênios como os italianos Rafael e Michelangelo.
    Com o advento da Revolução Industrial, o processo de fabricação ficou bem mais barato e o preço caiu. “Mesmo assim”, afirma o antropólogo da PUC-RJ José Carlos Rodrigues, “o espelho só se popularizou e entrou nas casas de todos a partir do século 20.”
(Vinícius Rodrigues. Aventuras na História, julho de 2009. Adaptado)
Com a produção em escala industrial, comprar um espelho ficou mais acessível. A expressão destacada na frase está corretamente substituída pelo pronome em:
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