Em “Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualida...
Por outro lado, em paralelo a este movimento chamado “verde", a desigualdade social foi nas últimas décadas expandindo numa velocidade vertiginosa e com ela crescendo a exclusão social e a violência.
Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal. Somado a isto, ganharam força os movimentos da qualidade empresarial e dos consumidores. De agente passivo de consumo, o consumidor passa a ser agente de transformação social, por meio do exercício do seu poder de compra, uso e descarte de produtos, de sua capacidade de poder privilegiar empresas que tinham valores outros que não somente o lucro na sua visão de negócios. Assim, sociedade civil e empresas passam a estabelecer parcerias na busca de soluções, diante da convicção de que o Estado sozinho não é capaz de solucionar a todos os problemas e a responder a tantas demandas
É diante desta conjuntura que nasce o movimento da responsabilidade social. Movimento este que vem crescendo e ganhando apoio em todo o mundo, e que propõe uma aliança estratégica entre 1º, 2º e 3º setores na busca da inclusão social, da promoção da cidadania, da preservação ambiental e da sustentabilidade planetária, na qual todos os setores têm responsabilidades compartilhadas e cada um é convidado a exercer aquilo que lhe é mais peculiar, mais característico. E, para que essa aliança seja possível, a ética e a transparência são princípios fundamentais no modo de fazer negócios e de relacionar-se com todas as partes interessadas.
À sociedade civil organizada cabe papel fundamental pelo seu poder ideológico - valores, conhecimento, inventividade e capacidades de mobilização e transformação.
A responsabilidade social conclama todos os setores da sociedade a assumirem a responsabilidade pelos impactos que suas decisões geram na sociedade e meio ambiente. Nesse sentido, os setores produtivos e empresariais ganham um papel particularmente importante,
pelo impacto que geram na sociedade e seu poder econômico e sua capacidade de formular estratégias e concretizar ações.
Essa nova postura, de compartilhamento de responsabilidades, não implica, entretanto, em menor responsabilidade dos governos, ao contrário, fortalece o papel inerente ao governo de grande formulador de políticas públicas de grande alcance, visando o bem comum e a equidade social, aumentando sua responsabilidade em bem gerenciar a sua máquina, os recursos públicos e naturais na sua prestação de contas à sociedade. Além disso, pode e deve ser o grande fomentador, articulador e facilitador desse novo modelo que se configura de fazer negócios.
(Disponível em: http://www.inmetro.gov.br/qualidade/responsabilidade_social/contextualizacao.asp. Acesso em dezembro de 2014.)
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Comentários
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Alguém aí pode ajudar na resolução desta questão ?
Ao meu ver, as alternativas a) e d) estão corretas. Nota-se que a banca segue a mesma linha da FGV (devemos indicar a mais correta/ coerente com o texto).
Quando se faz referência aos elementos do discurso, há dois tipos de uso para os pronomes demonstrativos. Um uso é anafórico. O outro uso é catafórico.
Na anáfora retoma-se um termo anterior ao se fazer uma referência a ele.
Como regra, o pronome demonstrativo usado em catáforas é o “este/isto”.
Já em anáforas, tanto se pode usar “esse/isso” como “este/isto”. Essa ampla possibilidade é a grande responsável pelas controvérsias…
O “este” anafórico só se usa, a rigor, em oposição a “aquele”, isto é, quando se deseja retomar dois termos já utilizados.
Usei este raciocínio ao escolher a letra A: O 'isto' se referindo ao trecho: um novo fenômeno social (crescimento de um segmento social), qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública (crescimento de um segmento público) não-estatal.
Gab: A - crescimento de um segmento social(Não-estatal) e público(Pública).
"Em decorrência destes dois fatores deparamo-nos, na década de 90, com um novo fenômeno social, qual seja a proliferação do 3º setor: a esfera pública não-estatal."
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