Em sua obra Ofício de mestre: imagens e autoimagens (2001), ...
Em sua obra Ofício de mestre: imagens e autoimagens (2001), Arroyo reflete sobre o trabalho dos professores na atualidade e, ainda, as dificuldades e os desafios que eles encontram em seu cotidiano. O autor evidencia a realização de congressos, seminários e encontros organizados em sua maioria por professores(as) que administram propostas educativas inovadoras nas redes municipais e estaduais. Arroyo faz uma analogia com trecho de Ítalo Calvino em “As cidades e as trocas”, escrevendo: “os mestres no seu cotidiano cultivam plantam, cuidam, fazem a colheita. Na organização seriada, gradeada, nos restritos espaços da turma, da disciplina de cada quintal não há como trocar essas colheitas. Os mestres sentem necessidade de feiras, de espaços de trocas”. O autor pergunta: o que mais os mestres levam para trocar nos encontros, além de suas colheitas? E, completando a analogia, reflete: “Cada um conta sua história. E na longa viagem de retorno para suas casas e suas escolas cada história e cada prática trocada _______________. Troca-se memória coletiva, autoimagens construídas”.
Assinale a alternativa que preenche a lacuna, de acordo com o pensamento de Arroyo.
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Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão proposta e entender o raciocínio por trás da alternativa correta.
A alternativa correta é a alternativa B: "se converterá em outra história e outra prática".
A obra "Ofício de mestre: imagens e autoimagens" de Arroyo trata do trabalho dos professores, destacando as trocas de experiências que ocorrem em congressos, seminários e encontros. Nesses espaços, os professores não só compartilham suas práticas e colheitas, mas também suas histórias e experiências de vida.
Para entender por que a alternativa B é a correta, é importante lembrar que Arroyo faz uma analogia com a obra de Ítalo Calvino, sugerindo que essas trocas entre professores transformam as memórias e práticas individuais em algo novo e coletivo. Quando Arroyo fala sobre a "longa viagem de retorno" e menciona que "cada história e cada prática trocada se converterá em outra história e outra prática", ele está evidenciando a ideia de que essas trocas enriquecem e transformam as práticas pedagógicas dos professores.
Agora, vamos analisar as alternativas incorretas:
A - ficará guardada na lembrança para sempre: Esta alternativa sugere que a troca de experiências seria algo estático e imutável, o que contrasta com a ideia de transformação e renovação que Arroyo propõe.
C - será divulgada a todos os que não foram às ‘feiras’: Embora a disseminação das práticas possa ocorrer, Arroyo enfatiza mais a transformação e renovação das práticas e histórias do que a simples divulgação.
D - se converterá em modelo de vida e modelo didático: Esta alternativa sugere que as práticas e histórias trocadas se tornam um padrão fixo a ser seguido, o que não está alinhado com a ideia de constante transformação e adaptação que Arroyo destaca.
E - se tornará mera lembrança de um encontro prazeroso: Esta alternativa minimiza o impacto das trocas, tratando-as como algo efêmero, o que vai contra a visão de Arroyo de que essas trocas têm um papel transformador.
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