Um antigo documentárioNum desses canais de TV a cabo – ou no...
Num desses canais de TV a cabo – ou no de TV Educativa, não me lembro ao certo – pude assistir, não faz muitos dias, a um documentário sobre a atuação dos irmãos Vilas-Boas junto a tribos indígenas do Xingu. A reportagem, apesar de tecnicamente algo tosca, resultou muito expressiva; deve datar do início dos anos 60. No centro dela, repontava o delicado tema da “aproximação” que os brancos promovem em relação aos índios ainda isolados. Cláudio Vilas-Boas, que chefiava a expedição, mostrou plena consciência da tensão que envolve esses primeiros contatos, que acabarão provocando a desfigurações da cultura indígena. Há quem defenda, com razão, que o melhor para os índios seria que os deixássemos em paz, às voltas com seus valores, hábitos e ritos. Mas acabaria não sendo possível evitar que, mais dia, menos dia, algum contato se estabelecesse – e com o risco de que brancos ambiciosos e despreparados mostrassem, eles sim, a “selvageria” de que somos capazes. A delicadeza da missão dos irmãos Vilas-Boas está em que eles procuram respeitar ao máximo a cultura indígena, enquanto a põem em contato com a nossa. Melhor que ninguém, os irmãos sabem que não aproveitaremos nada de tanto o que têm os índios a nos ensinar (na dedicação aos filhos, por exemplo) e que, ao mesmo tempo, os exporemos aos nossos piores vícios. Era visível a preocupação de Cláudio, pelos riscos desse contato: uma gripe trazida pelo branco pode dizimar toda uma aldeia. Hoje, décadas depois, o documentário parece assumir o valor de um testamento: são impressionantes as cenas em que um chefe indígena recusa, com veemência, presentes dos “civilizados”; ele parece adivinhar o custo de tais ofertas, e busca se defender do perigo mortal que vê nelas. O país desenvolveu-se muito nesse tempo, modernizou-se, povoou regiões recônditas do interior, abriu espaço para as “reservas”. Mas sabemos que a cultura do colonizador não é, necessariamente, melhor do que a do colonizado. Apenas se revelou a mais bem armada, a mais forte das duas. Melhor seria se fosse, também, a mais justa. (Roberto Melchior da Ponte, inédito)
É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco.
Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os segmentos sublinhados, na ordem dada, por:
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Comentários
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Alguém podia explicar essa :)
(mesmo acertando, fiquei com dúvidas :P)
Regrinha de colocação pronominal dos pronomes oblíquos átomos
Coso de ÊNCLISE : pronome vem após o verbo (SEMPRE : quando não há palavras atrativas)
quando a frase começa com verbo, ou há virgula antes dele;
verbo no imperativo, no infinitivo n flexicionado, ou no gerúndio .
tornando = tornando-o <-- gerúndio
· Vrbs VTD terminados em –r, -s, z = -lo (as) poupar = poupa-los
*exceto verbos no futuro do indicativo
Vbs VTD terminados am, em,ão.. = no (as)
→Lhe = usa-se apenas com OI.. vtI
! SABENDO ESSA REGRA JÁ DÁ P ELIMINAR AS ERRADAS
O Q ESTÁ DE VERDE É A RESPOSTA E O PQ^
SOBRE O CASO DE PRÓCLASE ( OS SUBMETESSEM) DA QUESTÃO EU N TENHO CERTEZA, SE ALGUÉM SOUBER AJUDA AI
BONS ESTUDOS
PRÔCLASE : pronomes vêm na frente do verbo, quando há palavras atrativas
PALAVRAS ATRATIVAS
N – palavras negativas (ninguém, nunca, n, jamais)
A – advérbio (já,agora, sempre, muito, pouco)
S – conjunções subordinadas (se, caso, embora)
G – gerúndio precedido por “em”
R – pronomes relativos
I – pronomes indefinidos
D – pronomes demonstrativos
e verbos no infinitivo flexinado, precedido de preposição
O – frases optativas (indica desejo)
I – frases interrogativas
E – frases exclamativas
É forçoso contatar os índios com delicadeza, para poupar os índios de um contato talvez mais brutal, em que exploradores submetessem os índios a toda ordem de humilhação, tornando os índios vítimas da supremacia das armas do branco.
* No caso de o verbo terminar em sílaba nasal (-am, -em e –ão), os pronomes assumem as seguintes formas: no, na, nos, nas.
* Quando o verbo termina em “r”, “s” ou “z”, estas consoantes desaparecem e passam a assumir as formas expressas por “lo, la, los, las”.
Poupar: pode ser próclise ou ênclise, não há palavra atrativa.
Submetessem: pode ser, novamente, próclise ou ênclise, não há palavra atrativa.
Tornando: caso de ênclise obrigatória, pois o verbo está após a vírgula.
Ênclise: pronome após o verbo
a) Início de frase
Ex. Constatou-se a falha do governo.
b) Após pontuação
Ex. Por isso, enviei-te o documento.
Obs.: não se usa ênclise com futuro
Questão ruim. Acertei porém a letra A está errada. Visto que, o uso de pronome oblíquo, dentre outras exigências, é obrigatório após conjunções subordinativas.
PARA = Conjunção subordinativa final que introduz uma oração subordinada adverbial final.
Logo o mais correto seria PARA OS POUPAR
As palavras sublinhadas não apareceram para mim.
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