A expressão utilizada para mapear a produção do conhecimento...
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O enunciado fala de mapeamento de produção de conhecimento que é a identificação dos atores, meios de publicação, troca de informações, relatórios de pesquisas em andamento e outros itens e fatores envolvidos nesta produção.
Esta questão pede do candidato muita atenção e um pouco de sagacidade na leitura das alternativas.
Vejamos as alternativas A e B. Ambas podem ser imediatamente descartadas pois se tratam de apenas uma parte do que é citado no enunciado: o mapeamento da produção de conhecimento. Tanto a difusão quanto a disseminação são as pontas finais da produção de informação e não compreendem o todo no caso do mapeamento.
O mesmo vale para a organização e representação do conhecimento. Ambos os termos estão relacionados a atividades técnicas de unidades de informação diversas e não ao fluxo que envolve a produção de conhecimento. A produção precisa acontecer para ser organizada e representada.
Sobra a opção C “geografia do conhecimento" como a alternativa a ser escolhida. Este termo não é de uso comum na área. Burke e Dentzien (2003) utilizam o termo para mapear a produção do conhecimento entre os séculos XVI e XVIII em uma abordagem espacial que vai da produção até a difusão do conhecimento.
Todavia, ainda que esta expressão não circule com frequência na literatura da área, o candidato pode identificá-la como correta pela exclusão das outras quatro opções e pela associação direta entre os termos “mapeamento" e “geografia"
Gabarito do Professor: Letra C.
Ref: BURKE, Peter; DENTZIEN, Plínio. Uma história social do conhecimento I: de Gutenberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. 241 p. ISBN 9788571107113 (broch.)
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Comentários
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Alguém sabe que autor fez essa definição?
Carol Medeiros, também gostaria de saber porque essa nomenclatura me é nova.
Acho que é BURKE no livro Uma história social do conhecimento: de Gutemberg a Diderot... mas só encontrei essa citação "Assim como o binômio inovadores–guardiães da tradição é analisado por Burke, no quarto capítulo o autor aproxima-se de sua geografia do conhecimento, discutindo o “lugar do conhecimento: centros e periferias”. Importa aqui a circulação e a cooperação internacional entre essa rede de letrados, e as cidades vão desempenhar importante papel como locais de encontros e troca de informações. Nas palavras do autor trata-se de: “uma distribuição espacial do conhecimento, dos lugares em que o conhecimento foi descoberto, guardado ou elaborado, e também daqueles para os quais era difundido” (p. 56)."
Localizei no livro Ciência da informação e biblioteconomia: novos conteúdos e espaços de atuação. Marlene de Oliveira (coord.). pág. 33. Essa expressão é usada por Burke (2003) para mapear a produção de conhecimento, notadamente dos séculos XVI, XVII E XVIII. Ele distingue a distribuição espacial do conhecimento desde os locais onde foi produzido, descoberto, guardado até onde era difundido.
"O tema deste capítulo - seguindo trabalhos recentes sobre a geografia e a história da ciência - é essencialmente uma "distribuição espacial" do conhecimento, dos lugares em que o conhecimento foi descoberto, guardado ou elaborado, e também daqueles para os quais era difundido" (BURKE, 2003, p. 56)
BURKE, Peter. Uma história social do conhecimento: de Gutemberg a Diderot. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. 241 p.
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