Homem, 50 anos de idade, com histórico de doença renal crôni...
Homem, 50 anos de idade, com histórico de doença renal crônica em tratamento conservador, apresenta-se no pronto-socorro com queixas de fraqueza muscular nas extremidades e parestesias. Ao exame físico, observa-se diminuição da força muscular e reflexos osteotendíneos hiporreflexos. A análise laboratorial revela hipocalcemia (Ca++ sérico 6,5 mg/dL [valores normais: 8,5-10,5 mg/dL]), hiperfosfatemia (P sérico 7,2 mg/dL [valores normais: 2,5-4,5 mg/dL]), elevação do paratormônio (PTH) sérica (PTH sérica 120 pg/mL [valores normais: 15-65 pg/mL]) e vitamina D3 sérica reduzida (vitamina D3 sérica 12 ng/mL [valores normais: 30-100 ng/mL]). Qual o diagnóstico mais provável desse paciente?
Gabarito comentado
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Vamos analisar a questão sobre um paciente com doença renal crônica e sintomas de fraqueza muscular e parestesias, com base nos resultados laboratoriais apresentados.
Alternativa Correta: B - Hiperparatireoidismo secundário à deficiência de vitamina D.
O tema central da questão é a interpretação de testes laboratoriais para diagnosticar condições associadas a distúrbios de cálcio e fósforo, frequentemente vistos em pacientes com doença renal crônica.
Para entender por que a alternativa B é a correta, precisamos considerar o seguinte:
- Hipocalcemia: O paciente apresenta níveis baixos de cálcio no sangue (6,5 mg/dL), o que é comum na doença renal crônica.
- Hiperfosfatemia: Nível elevado de fósforo (7,2 mg/dL) também é frequente em pacientes renais, devido à incapacidade dos rins de excretar fósforo adequadamente.
- Elevação do PTH: O aumento do paratormônio (120 pg/mL) ocorre como uma resposta do organismo à hipocalcemia, na tentativa de aumentar os níveis de cálcio no sangue.
- Deficiência de Vitamina D: A vitamina D reduzida (12 ng/mL) leva à redução de absorção de cálcio no intestino, contribuindo ainda mais para a hipocalcemia.
O quadro descrito é típico do hiperparatireoidismo secundário, que ocorre quando o paratormônio é elevado em resposta à hipocalcemia. No contexto da doença renal crônica, isso é frequentemente devido à deficiência de vitamina D, já que os rins doentes não conseguem converter a vitamina D na sua forma ativa.
Alternativas Incorretas:
- A - Hipoparatireoidismo: Seria caracterizado por baixos níveis de PTH, o que não é o caso aqui.
- C - Hiperparatireoidismo primário: Neste caso, esperaríamos níveis elevados de cálcio, não baixos.
- D - Insuficiência renal crônica: Embora o paciente realmente tenha essa condição, a pergunta pede um diagnóstico específico relacionado aos achados laboratoriais.
- E - Hipomagnesemia: Níveis baixos de magnésio não foram mencionados e não se encaixam no quadro apresentado.
Portanto, a alternativa B é a correta, pois descreve precisamente o quadro de hiperparatireoidismo secundário devido à deficiência de vitamina D, comum em pacientes com doença renal crônica.
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