Releia este trecho. “[...] assim como aumenta o desalento d...
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir, para responder a questão.
TEXTO I
Sem mobilização global, quem manda no mundo é a Covid-19
No atual estágio das inter-relações econômicas entre os países, representatividade, busca por soluções e implementação de ações precisam ser globais
A nova variante delta da Covid-19, os recentes aumentos de contágio nos países com maior proporção de populações vacinadas e os resultados prévios de suas economias sugerem que, se o ser humano não abrir os olhos, a briga com o vírus será bem mais longa do que se espera. E seus desdobramentos, certamente, mais danosos. Urge a necessidade de se discutir um pacto global!
A negação talvez seja a defesa mais perigosa que o ser humano adota para conseguir conviver com suas dificuldades e limitações. Parece não haver como fugir da negação quando não se tem “recursos” para lidar com a realidade. Transportada para o coletivo, a prática da negação provoca perplexidade à maioria da sociedade quando algum fenômeno aparentemente inesperado toma de sobressalto contingente expressivo de pessoas. Exemplo clássico que se aplica ao contexto global foi o crescimento do fascismo, que impregnado de negação e interesses escusos, culminou na Segunda Guerra Mundial.
O professor de finanças Luigi Zingales, da Universidade de Chicago, em seu último artigo publicado na plataforma Project Syndicate, em 06/08, levanta a problemática da falta de sincronização global para tratar da pandemia da Covid-19 em um mundo cujo comércio e comunicação, há muito, tornaram-se globais.
O presidente da França, Emannuel Macron, também colaborador do Project Syndicate, havia publicado artigo, em fevereiro último, clamando por uma cooperação multilateral para a recuperação da atividade econômica mundial. Mais recentemente, Macron publicou novo artigo propondo um pacto pela recuperação da África, cujos efeitos da pandemia têm sido nefastos.
Ainda na semana passada, o economista da Universidade de Columbia e ex-conselheiro de três Secretários-Gerais das Nações Unidas, Jeffrey Sachs, sugeriu a inclusão da União da África, constituída por 55 países desse continente, como membro integrante do G20, formando-se, assim, o G21. No atual estágio das inter-relações econômicas entre os países, representatividade, busca por soluções e implementação de ações precisam ser globais.
Avanço recente foi dado com relação às decisões unilaterais e sincronizadas dos Estados Unidos e da União Europeia na barreira comercial a produtos que, em sua cadeia produtiva, possam provocar maiores emissões de carbono. Tais medidas, entretanto, vêm tardiamente fazer frente aos avanços pífios e até retrocessos, em alguns casos, do Acordo de Paris. A questão climática é discutida há décadas e o governo norte-americano teve, na figura de Donald Trump, inimigo contumaz.
A pandemia da Covid-19 parece estar longe de ser banida. Chegou a ser considerada gripezinha até por chefes e / ou conselheiros de Estado, atrasando em muito a mobilização dos governos e sendo lamentavelmente usada como bandeira política.
O frenético verão europeu de 2021 e as liberdades concedidas aos cidadãos americanos sugerem que a quarta onda parece inevitável. A compulsoriedade da vacina começa a despontar como freio à contenção da falta de conscientização de ações individuais negacionistas, capazes de provocar rupturas ainda não plenamente estimadas sobre o bem-estar social.
A negação do fascismo causou cerca de 5 milhões de mortes de judeus; a desordenada e desigual forma de combate à Covid-19 já provocou, em pouco mais de um ano, quase o mesmo número de mortes de judeus na Segunda Guerra Mundial. Os efeitos sobre as vidas dos sobreviventes ao Holocausto são retratados até hoje em livros, filmes e outras formas de expressão artística e monumental.
A Covid-19 é mais silenciosa, não atinge de forma igual a todos, poupa os jovens, os animais e as plantas, mas castiga os mais velhos, reduz a expectativa de vida (idade média) das sociedades, assim como aumenta o desalento dos mais pobres. Negar que haja recursos para combatê-la globalmente sugere interesse para garantir benefícios de curto prazo. Pior ainda, soa como busca por milagres, algo bem introjetado no imaginário coletivo dos brasileiros.
Disponível em: https://bityli.com/fvqns.
Acesso em: 10 ago. 2021 (adaptação).
“[...] assim como aumenta o desalento dos mais pobres.”
A palavra destacada indica, no trecho, que os menos favorecidos estão, cada vez mais,
- Gabarito Comentado (0)
- Aulas (4)
- Comentários (7)
- Estatísticas
- Cadernos
- Criar anotações
- Notificar Erro
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
GAB A
Fui plena na letra C :(
sinônimos de desalento para 2 sentidos da palavra desalento: 1 desânimo, esmorecimento, melancolia. 2 abatimento, consternação, tristeza, tristura.
Objetivo: derrubar uma galera.
Conseguiu? Opa! Com sucesso hahahhha
A questão é sobre sinônimos e antônimos e quer saber qual o sinônimo da palavra destacada em “[...] assim como aumenta o desalento dos mais pobres.”. Vejamos:
.
- Desalento: falta de alento, de ânimo; desânimo.
.
A) esmorecidos.
Certo. A palavra "desalento" indica, no trecho, que os menos favorecidos estão, cada vez mais, esmorecidos, desanimados.
Esmorecido: que esmoreceu; que perdeu as forças ou o ânimo; desalentado; desanimado; enfraquecido.
.
B) pobres.
Errado.
Pobre: que tem poucos recursos ou posses.
.
C) desamparados.
Errado.
Desamparado: deixado ao desamparo; abandonado.
.
D) apaziguados.
Errado.
Apaziguado: que se apaziguou; em paz; pacificado; serenado.
.
Referência: AULETE, Caldas. Dicionário Aulete Digital, acessado em 26 de dezembro de 2021.
.
Gabarito: Letra A
A palavra destacada indica, no trecho, que os menos favorecidos estão, cada vez mais, ...
a) esmorecidos. → desanimados, desencorajados → alternativa correta;
b) pobres.
c) desamparados.
d) apaziguados.
junta pra selfie quem foi em desamparado
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo