Lendo o mundo e escrevendo a vida O acesso à informação cada...
Lendo o mundo e escrevendo a vida
O acesso à informação cada vez mais facilitado colocou às claras dois fatos contraditórios. Por um lado, o jovem tem cada vez mais textos à sua frente, quando acessa uma mídia social. Por outro lado, ainda há muitas dificuldades que esse jovem enfrenta para expressar suas ideias através de textos. Como isso ocorre e qual o papel do educador na formação desse leitor escritor?
Difícil identificar o que amedronta mais um aluno: um texto para ser interpretado ou uma folha em branco para que ele a preencha produzindo seu próprio texto. Estes dois atos parecem muito simples para quem analisa, fria e superficialmente, o desenrolar dos ensinamentos a partir da primeira série do ensino fundamental. A expectativa para que a criança comece a ler e escrever, seja por parte dos pais, seja por parte dos educadores, é muito grande; tanto que algumas crianças já vêm para a escola quase alfabetizadas.
O desafio, porém, não é apenas colocá-la em contato com as letras. Vai muito além disso. Há vários pequenos processos dentro deste processo maior chamado leitura e escrita. Quando o texto deixa de ser apenas um modelo do “bem falar e bem escrever”, passa-se a estudar outras funções intrínsecas às suas mais diversas finalidades. Um texto pode divertir, informar, sugerir, entreter, apelar, insinuar, argumentar e assim por diante. Como, então, aproximar o aluno deste mundo tão variado, fazendo com que ele consiga enxergar essa diversidade e entendê-la?
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LÍNGUA PORTUGUESA. Conhecimento Prático. Ed. Escala. n. 62. 2017.
Em se tratando dos aspectos estruturais e das estratégias discursivas utilizadas pelo autor do texto, é válido afirmar que