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Q2466499 Engenharia Agronômica (Agronomia)

Plantas daninhas podem causar grandes problemas antes, durante e após a condução dos cultivos vegetais. Acerca desse tema, julgue o seguinte item.


Espécies de plantas daninhas como a buva (Conyza spp.) e o caruru-roxo (Amaranthus hybridus) têm apresentado resistência ao glifosato, princípio ativo de herbicidas não seletivos com amplo espectro de ação recomendado como dessecante. 

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Tema Central da Questão: O tema desta questão é a resistência de plantas daninhas a herbicidas, especificamente a resistência de espécies como a buva (Conyza spp.) e o caruru-roxo (Amaranthus hybridus) ao glifosato. Esse conhecimento é crucial para a gestão eficaz de plantas daninhas em cultivos agrícolas.

Para resolver essa questão, é importante entender alguns conceitos-chave:

  • Plantas daninhas: Espécies de plantas que competem com plantas cultivadas por recursos como luz, água e nutrientes.
  • Glifosato: Um herbicida não seletivo, amplamente utilizado em práticas agrícolas para controlar uma vasta gama de plantas daninhas. É conhecido por ser um dessecante.
  • Resistência ao herbicida: A capacidade de certas plantas suportarem doses do herbicida que seriam letais para outras.

Justificativa da Alternativa Correta:

Alternativa C - Certo: Esta alternativa está correta porque, de fato, diversas pesquisas têm demonstrado que espécies de plantas daninhas como a buva e o caruru-roxo têm desenvolvido resistência ao glifosato. Este fenômeno de resistência é causado por mutações genéticas ou seleção natural, onde plantas que sobrevivem ao herbicida se reproduzem e disseminam essa característica para suas descendentes.

Esse tipo de resistência é um problema crescente na agricultura moderna, pois dificulta o controle das plantas daninhas, aumentando custos e exigindo o desenvolvimento de novas estratégias de manejo, como a rotação de herbicidas e o uso de métodos mecânicos de controle.

Entender o comportamento dessas espécies e a eficácia dos herbicidas é essencial para quem atua na área de Engenharia Agronômica, uma vez que afeta diretamente a produtividade e a sustentabilidade das práticas agrícolas.

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O glifosato atua inibindo a enzima EPSPS (5-enolpiruvilshiquimato-3-fosfato sintase), essencial para a via do ácido chiquímico, um processo fundamental para a síntese de aminoácidos aromáticos (fenilalanina, tirosina e triptofano). Sem esses aminoácidos, a planta morre.

As plantas daninhas resistentes desenvolvem mecanismos de tolerância ao glifosato, sendo os principais:

  1. Superexpressão da enzima EPSPS
  • Algumas plantas aumentam a produção da enzima EPSPS, tornando o glifosato ineficaz, pois a inibição não afeta todas as moléculas da enzima disponíveis.
  • Exemplo: Caruru-roxo (Amaranthus spp.) apresenta múltiplas cópias do gene que codifica EPSPS, resultando em níveis elevados da enzima.
  1. Alteração no local de ação do herbicida
  • Algumas plantas sofrem mutações na enzima EPSPS, tornando-a menos sensível ao glifosato. O herbicida não consegue mais se ligar ao seu alvo e, assim, não interrompe a via metabólica.
  • Exemplo: Espécies resistentes de buva (Conyza spp.) já foram identificadas com mutações que reduzem a ligação do glifosato à EPSPS.
  1. Redução na absorção e translocação do herbicida
  • Algumas plantas modificam a forma como absorvem ou transportam o glifosato dentro dos tecidos, dificultando sua chegada ao local de ação.
  • Exemplo: Certas populações de buva apresentam resistência por transporte reduzido, mantendo o herbicida longe das células-alvo.
  1. Sequestro e degradação do herbicida
  • Algumas plantas desenvolvem mecanismos para armazenar o glifosato em compartimentos celulares ou até metabolizá-lo antes que ele cause danos.
  • Exemplo: Alguns biótipos de Conyza spp. mostraram a capacidade de degradar o glifosato antes que ele atue.

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