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Q2466909 Libras
Este artigo publicado pela UNICEF, conta a história de um menino chamado Yohann que nasceu surdo; sua mãe (ouvinte) pesquisou informações para entender os diferentes tipos de cirurgias, até que encontrou informações sobre o implante coclear. O menino só foi implantado com 10 meses de idade e depois de 1 ano, com o tratamento fototerápico, ele começou a falar. Aos 10 anos começou a participar como contador de histórias da iniciativa Deixa Que Eu Conto. Sua mãe afirma: “Existem vários tipos de surdo: implantados, oralizados... então não basta colocar um intérprete de Libras. Um menino surdo fazer um podcast é bem legal para desmistificar isso, e mostrar que o surdo pode ser, sim, oralizado”. (UNICEF- para cada criança- Brasil. Artigo: A(s) história(s) de Yohann- 09/12/2021) 

Historicamente, o povo surdo foi marcado por vários conceitos em relação a sua identidade e a sua cultura, e muitos desses conceitos foram formados por opiniões de ouvintes que não conviviam e nem conheciam profundamente o ser surdo. Assinale a opção que apresenta uma característica de determinada identidade surda que mais se aproxima do caso descrito acima.
Alternativas

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Para resolver a questão apresentada, é importante compreender os conceitos relacionados à identidade surda e como eles se manifestam em diferentes contextos. A questão aborda a identidade de pessoas surdas, utilizando a história de Yohann, um menino que passou por um implante coclear e desenvolveu habilidades de fala. Vamos explorar cada alternativa para identificar a resposta correta.

Alternativa A é a correta. A identidade surda flutuante refere-se a indivíduos surdos que não têm contato com a comunidade surda, buscam a oralidade e fazem uso de tecnologias de reabilitação, como o implante coclear. No caso de Yohann, ele foi implantado desde pequeno e desenvolveu a capacidade de falar, ajustando-se à cultura ouvinte enquanto utiliza a tecnologia para essa adaptação.

Alternativa B descreve a identidade surda híbrida, que não se aplica ao caso de Yohann. Esta identidade se refere a surdos que nasceram ouvintes e perderam a audição mais tarde, utilizando tanto a língua oral quanto a de sinais, algo que não se alinha com a situação de Yohann desde o nascimento.

Alternativa C fala sobre a identidade surda embaçada. Esta identidade envolve surdos que não utilizam a língua de sinais e compreendem a fala espontaneamente, sendo tratados como deficientes e sem conhecimento da cultura surda. Yohann, ao contrário, participa de atividades que promovem a inclusão e desmistificação, como o podcast, o que não se encaixa nesta descrição.

Alternativa D menciona a identidade surda de transição, que ocorre quando há uma mudança de uma identidade ouvinte para a surda, geralmente envolvendo uma adaptação à comunicação visual/sinalizada. Yohann, no entanto, desde a infância, seguiu o caminho da oralidade com suporte tecnológico, sem essa transição cultural para a língua de sinais.

Alternativa E refere-se à identidade surda intermediária, associada a indivíduos com perda auditiva leve a moderada que valorizam o uso de aparelhos auditivos e aceitam a língua de sinais. No entanto, Yohann passou por um implante coclear, o que indica uma condição de surdez mais profunda, portanto, esta alternativa não corresponde ao seu caso.

Compreender a identidade surda em suas diferentes formas é essencial para responder questões deste tipo, destacando sempre o uso de tecnologias e a relação com a cultura ouvinte ou surda.

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