O sinal de dois-pontos usado após “Oque é saudável” (§ 1) e ...

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Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: EMDAGRO-SE Prova: FUNCAB - 2014 - EMDAGRO-SE - Advogado |
Q474747 Português
Existem pessoas frágeis, mas sexo frágil, esqueça. As mulheres nunca estiveram tão fortes, decididas, abusadas até. O que é saudável: quem não busca corajosamente sua independência acaba sobrando e vivendo de queixas. Uma sociedade de homens e mulheres que prezam sua liberdade e atingem seus objetivos é um lugar mais saudável para se viver. Realização provoca alegria

O que não impede que prestemos atenção no que essa metamorfose pode ter de prejudicial. As mulheres se masculinizaram, é fato. Não por fora, mas por dentro. As qualidades que lhes são atribuídas hoje, e as decorrentes conquistas dessa nova maneira de estar no mundo, eram atributos considerados apenas dos homens. Agora ninguém mais tem monopólio de atributo algum: nem eles de seu perfil batalhador, nem nós da nossa afetividade. Geração bivolt. Homens e mulheres funcionando em dupla voltagem, com todos os atributos em comum. Mas seguimos, sim, precisando uns dos outros -como nunca.

Não são poucas as mulheres potentes que parecem conseguir tocar o barco sozinhas, sem alguém que as ajude com os remos. Mas é só impressão. Talvez não precisemos de quem reme conosco, mas há em todas nós uma necessidade ancestral de confirmar a fêmea que invariavelmente somos. E isso se dá através damaternidade, do amor e do sexo. Se não for possível ter tudo (ou não quiser), ao menos alguma dessas práticas é preciso exercer na vida íntima, caso contrário, viraremos uns tratores. Muito competentes, mas com a identidade incompleta.

Nossa virilização é interessante em muitos pontos, mas se tornará brutal se chegarmos ao exagero de declarar guerra aos nossos instintos. O.k., sermãe não é obrigatório, ter umgrande amor é sorte, e muitas fazem sexo apenas para disfarçar o desespero da solidão, mas seja qual for o contexto em que nos encontramos, é importante seguir buscando algo que nos conecte como que nos restou de terno, aquela doçura que cada mulher sabe que ainda traz em si e que deve preservar, porque não se trata de uma fragilidade paralisante, e sim de uma característica intrínseca ao gênero, a parte de nós que se reconhece vulnerável e que não precisa se envergonhar disso. Se é igualdade que a gente quer, extra, extra: homens tambémsão vulneráveis.

''Cuida bem de mim”, dizia o refrão de uma antiga música do Dalto, e que Nando Reis regravou recentemente. Cafona? Ora, se a gente não se desfizer da nossa prepotência e não se permitir um tantinho de insegurança e delicadeza, a construção desta “nova mulher” terá se desviado para uma “caricatura. A intenção não era a gente se transformar no estereótipo de umhomem, era?

(MEDEIROS, O Globo Martha. : 04/04/2012)

O sinal de dois-pontos usado após “Oque é saudável” (§ 1) e após “Agora ninguém mais tem monopólio de atributo algum” (§ 2) anuncia, respectivamente:
Alternativas

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Para resolver esta questão, é importante entender o uso dos dois-pontos na pontuação do texto. Os dois-pontos podem introduzir uma explicação, uma justificativa, uma consequência, entre outros elementos.

A alternativa C - justificativa – especificação é a correta. Vamos entender por quê.

O sinal de dois-pontos após a expressão "O que é saudável" introduz uma justificativa. A frase seguinte justifica por que ser forte e independente é saudável, afirmando que quem não busca a independência acaba apenas se queixando.

Já no segundo caso, após "Agora ninguém mais tem monopólio de atributo algum", os dois-pontos introduzem uma especificação. A frase que segue especifica quais são os atributos que não possuem mais monopólio, mencionando que nem os homens têm o perfil batalhador exclusivamente, nem as mulheres a afetividade.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

A - especificação – consequência: No primeiro caso, não há especificação, mas justificativa. No segundo, não há consequência, mas especificação.

B - consequência – síntese: No primeiro caso, não é uma consequência, mas uma justificativa. No segundo, não ocorre uma síntese, mas uma especificação.

D - síntese – discriminação: No primeiro caso, não há síntese, mas uma justificativa. No segundo, não há discriminação dos atributos, mas uma especificação.

E - discriminação – justificativa: No primeiro caso, não se trata de discriminação, mas de justificativa. No segundo, não é uma justificativa, mas uma especificação.

Compreender o uso dos dois-pontos em diferentes contextos é fundamental para interpretar corretamente os textos e as mensagens que eles transmitem. Ao reconhecer como os dois-pontos introduzem informações adicionais, você pode entender melhor a estrutura e o raciocínio de um texto.

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Comentários

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GABARITO: C

Embora achei confusa

Questão truncada.

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