Sobre a ingestão acidental e tóxica de paracetamol, assinal...

Vamos analisar a questão sobre a ingestão acidental e tóxica de paracetamol e abordar o tratamento adequado para essa situação. A alternativa correta é a Alternativa D.

A alternativa correta indica que o tratamento deve ser iniciado por descontaminação gástrica com carvão vegetal e administração de N-acetilcisteína. Este é o protocolo padrão para o manejo de intoxicação por paracetamol, pois o carvão vegetal pode adsorver o medicamento no trato gastrointestinal, diminuindo sua absorção e biodisponibilidade, enquanto a N-acetilcisteína atua como um antídoto específico, ajudando a restaurar os níveis de glutationa hepática e prevenindo danos ao fígado.

Vamos agora justificar o porquê das alternativas incorretas:

Alternativa A: A administração de N-acetilcisteína em bolo (uma dose única grande) e monitoração cardíaca não são suficientes por si só para o tratamento completo da intoxicação por paracetamol. A N-acetilcisteína deve ser administrada de forma contínua, e a monitoração cardíaca não é uma parte essencial do protocolo específico para essa intoxicação, uma vez que o principal órgão afetado é o fígado.

Alternativa B: Embora a administração de carvão vegetal seja correta, a administração de N-acetilcisteína a cada duas horas não está de acordo com os protocolos usuais. A N-acetilcisteína é normalmente administrada em uma dose inicial de ataque seguida por doses de manutenção, e o controle da diurese é mais relevante em outras intoxicações, como por salicilatos.

Alternativa C: A N-acetilcisteína deve ser iniciada, idealmente, nas primeiras 8 a 10 horas, e não apenas nas primeiras 24 horas. Além disso, a administração de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) não é recomendada, pois esses medicamentos podem, na verdade, sobrecarregar ainda mais o fígado já comprometido e contribuir para danos adicionais.

Em resumo, a Alternativa D é a correta porque descreve de maneira precisa o protocolo de tratamento para intoxicação por paracetamol, que envolve a descontaminação gástrica com carvão vegetal e a administração de N-acetilcisteína.

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