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Q2776235 Medicina

A Secretaria de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde afirma que “após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico”. Ou seja, pode-se afirmar que:


I- Não existe tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor.

II- No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.

III- É desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outras drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

IV- Não há vacina contra o Zika vírus.

V- Não há, ainda, confirmação de que haja relação etiológica entre o Zika vírus e a microcefalia de RN de mães contaminadas.


Portanto, estão CORRETAS:

Alternativas

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A alternativa correta é a A, que inclui os itens I, II, III e IV.

I. Não existe tratamento específico: Esta afirmação está correta. As infecções por Zika, dengue e chikungunya não têm tratamento antiviral específico. O tratamento é sintomático, utilizando analgésicos como acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para aliviar a febre e a dor. Este manejo é crucial para evitar complicações e proporcionar conforto ao paciente.

II. Antihistamínicos em casos de erupções pruriginosas: Também está correto. Em casos de erupções cutâneas com coceira, os anti-histamínicos podem ser utilizados para aliviar os sintomas, proporcionando alívio ao paciente e melhorando a qualidade de vida durante a fase sintomática.

III. Uso desaconselhado de ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios: Essa afirmação é precisa. O uso de ácido acetilsalicílico (aspirina) e outros anti-inflamatórios não esteroidais é desaconselhado devido ao risco de complicações hemorrágicas, especialmente em casos de dengue, pois pode levar à síndrome do choque da dengue.

IV. Ausência de vacina contra o Zika vírus: Isso é verdade. Até o momento da elaboração desta questão, não havia vacina aprovada para o Zika vírus, tornando as medidas de prevenção, como controle de mosquitos e proteção individual, extremamente importantes.

V. Relação entre Zika vírus e microcefalia: Esta afirmação era incorreta no contexto da questão. Já havia confirmação científica acerca da relação entre a infecção por Zika vírus em gestantes e a ocorrência de microcefalia em recém-nascidos. Sendo assim, este item não é correto.

Portanto, a alternativa A é a única que contém todos os itens corretos.

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Comentários

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A alternativa correta é A - I, II, III e IV.

Justificativa:

Vamos analisar as afirmações com mais cuidado:

I - Não existe tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor.

  • Correto. O tratamento para Zika, dengue e chikungunya é sintomático. O paracetamol e a dipirona são utilizados para controlar a febre e a dor, evitando medicamentos como o ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios que podem aumentar o risco de sangramentos.

II - No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados.

  • Correto. Para aliviar o prurido (coceira) nas erupções cutâneas, anti-histamínicos podem ser úteis.

III - É desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outras drogas anti-inflamatórias devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

  • Correto. O uso de ácido acetilsalicílico (AAS) e outros anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) deve ser evitado em infecções por flavivírus, pois eles podem aumentar o risco de complicações hemorrágicas, como a síndrome hemorrágica da dengue.

IV - Não há vacina contra o Zika vírus.

  • Correto. Até o momento, não há vacina disponível para prevenção da infecção pelo Zika vírus. As medidas de prevenção incluem o controle do mosquito Aedes aegypti.

V - Não há, ainda, confirmação de que haja relação etiológica entre o Zika vírus e a microcefalia de RN de mães contaminadas.

  • Errado. Apesar de não haver uma confirmação 100% definitiva de causalidade, já existem fortes evidências de que a infecção pelo Zika vírus durante a gravidez está associada ao aumento de casos de microcefalia e outras malformações no recém-nascido.

ANÁLISE DAS ALTERNATIVAS INCORRETAS:

  • Alternativa B (I, II, III e V): Está incorreta, pois a afirmativa V está errada. Há forte associação entre o Zika vírus e a microcefalia, embora ainda se investigue a causalidade direta.
  • Alternativa C (I, II, IV e V): Está incorreta, pois a afirmativa III está incorreta. A utilização de AINEs é desaconselhada.
  • Alternativa D (I, III, IV e V): Está incorreta, pois a afirmativa II está errada. Anti-histamínicos podem ser usados em caso de erupções pruriginosas.
  • Alternativa E (II, III, IV e V): Está incorreta, pois a afirmativa I está correta.

EM RESUMO: A alternativa A é a mais precisa, pois inclui as afirmativas corretas sobre o tratamento sintomático, a contraindicação de AINEs, o uso de anti-histamínicos e a ausência de vacina contra o Zika vírus.

PONTOS CHAVE:

  • O tratamento é sintomático, com paracetamol ou dipirona.
  • Anti-histamínicos são úteis para o alívio da coceira.
  • AINEs e ácido acetilsalicílico não devem ser usados devido ao risco de sangramentos.
  • Não há vacina contra o Zika vírus.
  • associação entre Zika e microcefalia, mas a causalidade ainda está sendo investigada.

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