As ideias defendidas no Texto 5 são encadeadas pelo uso de ...

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TEXTO 5


Sacolas biodegradáveis levam anos para se decompor na natureza


    Quando mercados começaram a trocar as sacolinhas plásticas descartáveis por opções feitas de materiais que se degradam no meio ambiente, muitos comemoraram. [...] Mas um novo estudo mostra que, por mais benéficas que pareçam, as substitutas que se dizem ecológicas não são, de fato, sustentáveis. Pesquisadores da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, submeteram os tipos mais comuns de saquinhos biodegradáveis, encontrados por lá em qualquer esquina, a testes rigorosos de resistência. E a conclusão foi preocupante — elas resistem mais do que deveriam. [...] “Eu fiquei realmente impressionada que, depois de três anos, as sacolas ainda pudessem aguentar um monte de compras, principalmente por serem biodegradáveis”, diz Imogen Napper, principal autora do estudo.

    [...]

    O experimento consistiu em averiguar como cada categoria de bioplástico se comportava quando “descartada” ao ar livre, enterrada no solo ou submersa na água do oceano. Além da perda da área de superfície e da desintegração ao longo do tempo, os pesquisadores britânicos também avaliaram resistência, textura e estrutura química. Só ao ar livre as sacolas tiveram um fim satisfatório, fragmentando-se em apenas nove meses. Já na terra e na água, o resultado foi péssimo. Oxobiodegradáveis, biodegradáveis e as sacolinhas convencionais permaneceram inteiras depois de passarem três anos enterradas e submersas. De tão intactas, ainda aguentavam compras de supermercado. Só as compostáveis se salvaram: desapareceram do ambiente aquático em três meses e se quebraram um pouco na terra, onde ainda assim os fragmentos perduraram por 27 meses.

    [...]

    Ou seja, não adianta cobrar alguns centavos pela sacolinha de plástico para desestimular seu uso, como o Reino Unido e até o Brasil têm feito. É preciso oferecer também opções verdadeiramente sustentáveis ao consumidor, para que ele possa comprar com a consciência limpa se, por algum motivo, estiver sem sua sacola reutilizável.


Fonte: Adaptado de: <https://super.abril.com.br/sociedade/sacolas-biodegradaveis-levam-anos-para-se-decompor-na-natureza/>. Acesso em: 30 abr. 2019.

As ideias defendidas no Texto 5 são encadeadas pelo uso de diferentes operadores argumentativos. A esse respeito, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta.


( ) Em “Mas um novo estudo mostra que [...]”, o operador argumentativo “mas” deixa subentendida a existência de uma escala com outros argumentos mais fortes.  ( ) Em “Além da perda da área de superfície e da desintegração ao longo do tempo [...]”, o operador argumentativo “além da” introduz argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas.  ( ) Em “[...] elas resistem mais do que deveriam.”, o operador argumentativo “mais do que” estabelece relação de comparação entre elementos, visando a uma determinada conclusão.  ( ) Em “[...] como o Reino Unido e até o Brasil têm feito.”, o operador “até” introduz uma justificativa ou explicação relativamente ao enunciado anterior. 

Alternativas

Comentários

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Gabarito: B

(F) Em “Mas um novo estudo mostra que [...]”, o operador argumentativo “mas” deixa subentendida a existência de uma escala com outros argumentos mais fortes → INCORRETO. Mostra uma oposição ao que foi dito anteriormente, argumentos contrários.

(F) Em “Além da perda da área de superfície e da desintegração ao longo do tempo [...]”, o operador argumentativo “além da” introduz argumentos alternativos que levam a conclusões diferentes ou opostas → INCORRETO. Introduz uma adição de argumentos, uma soma de ideias.

(V) Em “[...] elas resistem mais do que deveriam.”, o operador argumentativo “mais do que” estabelece relação de comparação entre elementos, visando a uma determinada conclusão → CORRETO. "Mais do que" (=forma uma correlação comparativa, trata-se de uma conjunção subordinativa comparativa).

(F) Em “[...] como o Reino Unido e até o Brasil têm feito.”, o operador “até” introduz uma justificativa ou explicação relativamente ao enunciado anterior → INCORRETO. O "como" é uma conjunção subordinativa comparativa e traz um valor de comparação e não de explicação.

☛ FORÇA, GUERREIROS(AS)!!

A meu ver, data vênia, para haver comparação tem que haver dois elementos. Dizer que a sacolinha durou mais do que deveria durar, sob minha perspectiva, não há comparação.

Indago, comparou o que com o que?

(Requeri o comentário do professor, mas já sei que meu pleito não será atendido pelo QC)

Joana, veja que a segunda oração possui um termo não mencionado ----> " a sacolinha durou mais do que a sacolinha deveria durar"

Na frase há a comparação entre um característica real da sacolinha (o tempo que ela durou) e uma característica teórica da mesma (o tempo que deveria durar).

Te dou outra frase de exemplo, "Estou mais gordo do que a 2 anos" ---> existe uma comparação de uma característica do sujeito com outra do mesmo, em um sentido temporal

Espero que eu tenha ajudado.

Retificando o Colega Arthur Carvalho.

(F) Em “Mas um novo estudo mostra que [...]”, o operador argumentativo “mas” deixa subentendida a existência de uma escala com outros argumentos mais fortes.

R: Penso que essa tenha sido a maior dificuldade. O "mas" introduz, geralmente, argumento mais forte.

Porém, não temos uma escala de argumentos, o "mas" introduz uma única argumentação, a de que não são "sustentáveis".

Ainda, o "mas" é um operador argumentativo orientado a uma conclusão "contrária".

Portanto, estaria correto dizer que: o mas introduz um argumento mais forte orientado a uma conclusão contrária.

(F)ALÉM DA aciona informação e não reflete nenhum tipo de alternância, acrescenta informação com valor semântico semelhante aos demais.

(V)

(F) Em “[...] como o Reino Unido e até o Brasil têm feito.”, o operador “até” introduz uma justificativa ou explicação relativamente ao enunciado anterior.

R: o "como" introduz elementos exemplificativos e não adicionam informação nova com efeito de justificativa ou de explicação.

Portanto, o "até" inclui um sujeito em um período exemplificativo, e não explicativo.

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