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Q2135225 Medicina
Uma mulher de 58 anos procura atendimento de urgência com cefaleia e turvação visual há 3 (três) dias. Refere uso irregular de anlodipina, hidroclorotiazida e enalapril e não tomou a medicação nas últimas 2 (duas) semanas. Ao exame ela está ansiosa, mas confortável. A pressão arterial (PA) é 224/136mmHg e a frequência cardíaca 68bpm; o ritmo cardíaco é regular, com B4. A fundoscopia mostra estreitamento arteriolar, hemorragia em chama de vela, infiltrados algodonosos e papiledema. Os exames laboratoriais e a radiografia de tórax são normais. O eletrocardiograma mostra hipertrofia do ventrículo esquerdo.

A conduta correta é admitir em
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Alternativa Correta: B - UTI e iniciar nitroprussiato de sódio até pressão média de 130mmHg.

O tema central desta questão é a emergência hipertensiva, uma condição onde a pressão arterial está extremamente elevada, causando lesão aguda em órgãos-alvo, como o cérebro, coração e olhos. O caso apresentado indica que a paciente sofre de uma emergência hipertensiva, já que há sinais de lesão no sistema nervoso central, evidenciado pelo papiledema e alterações na fundoscopia.

Para resolver a questão, o aluno precisa reconhecer os sinais clínicos de uma emergência hipertensiva e saber qual é o tratamento adequado nesse contexto. É importante entender que, em emergências hipertensivas, a redução da pressão arterial deve ser rápida, mas controlada, para evitar complicações adicionais.

Justificativa da Alternativa Correta (B):

A alternativa B é a correta porque, em uma emergência hipertensiva, é necessário internar o paciente na UTI para monitoramento intensivo e iniciar um tratamento que reduza a pressão arterial rapidamente. O nitroprussiato de sódio é um vasodilatador de ação rápida, frequentemente utilizado para esse propósito, permitindo um controle preciso da pressão arterial.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A - UTI e iniciar trombólise com alteplase 100mg: Esta alternativa está incorreta porque o tratamento com alteplase é indicado para acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, e não para emergências hipertensivas.
  • C - Enfermaria e iniciar nifedipina 10mg a cada 30 minutos até PA 130/90mmHg: A nifedipina, especialmente em doses repetidas, pode causar uma queda abrupta da pressão arterial, o que é perigoso em emergências. Além disso, o ambiente de enfermaria não é adequado para monitoramento intensivo.
  • D - Enfermaria e prescrever os anti-hipertensivos de uso habitual em dose máxima: Esta abordagem é inadequada para uma emergência, pois o uso dos anti-hipertensivos habituais da paciente pode não ser eficaz rapidamente e não proporciona controle adequado em ambiente de enfermaria.
  • E - Sala de observação e iniciar captopril 25mg a cada 30 minutos até PA 160/100mmHg: Embora o captopril possa ser utilizado em crises hipertensivas, a sala de observação não é o local adequado para monitorar uma emergência hipertensiva. Além disso, a meta de pressão arterial deve ser atingida de forma controlada e monitorada mais de perto em UTI.

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A conduta correta nesse caso é admitir em UTI e iniciar nitroprussiato de sódio até pressão média de 130mmHg (alternativa B). A paciente apresenta uma crise hipertensiva com sinais de lesão de órgão-alvo (estrita arteriolar, hemorragia em chama de vela, infiltrados algodonosos e papiledema), o que indica o risco de complicações, como AVC, infarto agudo do miocárdio e insuficiência cardíaca. A terapia deve ser iniciada com urgência para reduzir a pressão arterial a níveis seguros e preservar a perfusão cerebral e cardíaca. O nitroprussiato de sódio é uma droga de ação rápida que promove vasodilatação arterial e venosa, reduzindo a carga de trabalho do coração e a resistência vascular periférica. A dose deve ser ajustada de acordo com a resposta da paciente e monitorização da pressão arterial.

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